Maior central sindical da Argentina anuncia greve geral contra Milei

Confederação Geral do Trabalho (CGT) marcou paralisação para o próximo dia 9 de maio. Convocação ocorre após fracassos em negociações com o governo.

Foto: Reprodução

A CGT (Confederação Geral do Trabalho), maior central sindical da Argentina, anunciou nesta quinta (11) a segunda greve geral contra o ajuste fiscal feita pelo presidente do país, Javier Milei.

A greve foi marcada para o dia 9 de maio, após o líder da extrema-direita argentina redefinir os projetos de lei derrotados pelo Congresso nos últimos meses. “Não se pode ajustar sobre os setores mais vulneráveis”, afirma a direção da confederação. A CGT informou que também convocará uma mobilização em 1º de maio por ocasião do Dia do Trabalho.

“No dia 9 de maio faremos uma greve de 24 horas por conta do reajuste sistemático, com uma execução muito clara aos aposentados”, disse Héctor Daer, um dos principais líderes da CGT, em coletiva de imprensa após a reunião.

Nesta semana, uma reunião entre representantes da central sindical e membros do governo não teve avanços nas negociações. Entre as pautas, estavam a tentativa do movimento sindical ema destravar a homologação de aumentos salariais, principalmente, para os caminhoneiros.

Outro eixo importante que motiva a ação é a onda de demissões que o governo Milei vem promovendo em uma série de órgãos públicos do país.

Diferentemente do que ocorreu em janeiro, quando o governo de Javier Milei enviou um conjunto de propostas sem o devido consenso prévio, desta vez, busca-se chegar ao debate parlamentar com os acordos já estabelecidos.

“Enviamos estes últimos rascunhos como uma verificação final, para confirmar que estamos todos na mesma página”, afirmou um colaborador oficial. No final de janeiro, a CGT promoveu a primeira paralisação geral contra o governo Milei.

À época, a ação, que levou centenas de milhares de pessoas às ruas em diversas cidades da Argentina, foi um sinal das organizações sindicais contra o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que Milei tentava aprovar no Congresso, bem como contra a lei de bases do governo.

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