Fatima Catunda – Feminino Poder

A participação da mulher no cenário político eleitoral ainda é pequena, apesar do século XX ter sido decisivo para o ingresso das mulheres na política. A despeito de conquistarem o direito de votar e serem votadas, em 1932, somente após 50 anos, é que as

Entretanto, esse início de século apresenta um retrocesso. De acordo com dados revelados pelo Inter Parliaments Union-IPU, na América do Sul, o Brasil é o pior colocado na lista, (107º)lugar, bem atrás da Argentina (9º), Guiana (17º), Suriname (26º), Peru (55º), Venezuela (59º), Bolívia (63º), Equador (66º), Chile (70º), Colômbia (86º), Uruguai (92º) e Paraguai (99º).


 


O Brasil e outros países do Cone Sul, excluindo-se a Argentina, apresentaram índices menores do que a média mundial (16,6%) de mulheres legisladoras. Nas eleições de 2006, a participação feminina na Câmara dos Deputados foi de (8,8%) e no Senado (12,3%). Na Assembléia Legislativa do Ceará, a participação está em torno de (6%), seguindo a tendência nacional.


 


A interpretação do Inter Parliaments Union-IPU, para o crescimento de alguns países sul-americanos é atribuída à introdução de políticas de cotas mínimas para candidatas, a exemplo da Argentina, Bolívia e Venezuela. Devido a essa realidade, não somente o Brasil, mas vários países estão enfrentando a necessidade de promover uma maior a participação política das mulheres, adotando ações afirmativas como estratégias.


 


A adoção do sistema de cotas por sexo na política é fundamental, uma vez que propicia o debate e a maior conscientização sobre a representação feminina, abrindo oportunidades de participação para as mulheres. E, em homenagem a nós mulheres, uma frase da música Beatriz, de Edu Lobo e Chico Buarque, que reafirma o nosso vigor e personalidade no amor e na vida, diz assim : “…me ensina a não andar com os pés no chão, pois para sempre é sempre por um triz….”


 


 



Fatima Catunda é Assistente Social, Secretária de Estado Adjunta do Trabalho e Desenvolvimento Social e Professora da Uece