Cássio Borges diz que opositores da transposição usam números falsos
O professor Cássio Borges, ao se pronunciar durante o grande expediente em comemoração ao Dia Mundial da Água, informou que os opositores da transposição do rio São Francisco se utilizam de falsos números para fundamentar as críticas que dirigem a obra. E
Publicado 22/03/2007 16:12 | Editado 04/03/2020 16:37
Cássio Borges explicou que os técnicos João Suassuna, da Bahia e João Abner, do Rio Grande do Norte, baseiam os seus discursos em trabalho produzido pelo geólogo Aldo Cunha Rebouças, professor da USP, que alega o potencial hídrico do Ceará em 15 bilhões de metros cúbicos/ano, o que daria uma média de 2.279 m3/ano para cada habitante. Este número é bem superior aos mil metros cúbicos/ano por habitante recomendado pela ONU. Segundo Borges, os dados fogem completamente a realidade.
O professor disse que já manteve diálogo pessoal com Aldo Rebouças, e este reconheceu o erro. Ele não estava levando em consideração que no Ceará a evaporação chega a 2/3 do líquido represado, deixando a média em apenas 460 metros cúbicos por habitante/ano, número considerado baixo pela ONU.
Além deste argumento equivocado, Cássio Borges afirma que os opositores da transposição alegam que o Ceará tem uma vazão de água potencial de 215 metros cúbicos por segundo, o que seria mais da metade da produção da vazão da bacia do São Francisco. Só que estes dados estão absolutamente equivocados, na visão do professor. Ele explicou que toda a vazão do Estado não ultrapassa a 92 m3/s, dado apresentado em publicação de sua autoria e nunca contestado por nenhum outro estudioso ou pesquisado.
Segundo ainda o professor, outro dado falso apresentado deliberadamente por João Abner e João Suassuna, em suas palestras conferidas por todo o País, foi a vazão do São Francisco. “Para justificar a impossibilidade do rio fornecer água para os demais estados, apresentam a vazão de 360 m3/s, quando o número mais aproximado da realidade seria dez vezes mais, cerca de 3.600 m3/s’, disse. Diante de tantos dados falsos, ele explicou que tentou falar na audiência pública em Brasília para esclarecer os números equivocados, no entanto foi impedido pelo presidente da mesa.
Fonte: Coordenação de Comunicação da Assembléia Legislativa/Ce