Debate sobre PAC mostra que desenvolvimento é desejo de toda a sociedade
No último processo eleitoral o projeto nacional de desenvolvimento tomou conta da pauta política do país. O lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento, logo no início do segundo mandato de Lula, contribuiu para que a agenda do desenvolvimento se
Publicado 20/04/2007 19:31 | Editado 04/03/2020 17:19
O plenário do debate promovido hoje pelo Instituto Maurício Grabois é prova disso. Estavam representados amplos segmentos da sociedade, desde os partidos políticos até lideranças religiosas e o presidente do Joquei Clube de São Paulo Márcio Toledo . Nos mais de quinhentos presentes, podiam ser encontrados também sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical e da Nova Central Sindical, dirigentes estudantis da UNE, UEE/SP e UPES.
Para Marcelo Lobo, presidente do Partido Socialista Brasileiro na capital, a “sociedade espera o desenvolvimento e o crescimento, não apenas com a geração de empregos, mas também com a distribuição de renda, que criará um país mais justo”, o que explica o intenso debate público sobre o tema e as movimentações políticas para viabilizar o novo projeto. “O debate foi interessante não só pelo conteúdo apresentado pelos palestrantes, mas também pela demonstração de união do bloco formado pelo PSB, PDT e PCdoB”, frisa. Nivaldo Santana, vice-presidente do PCdoB/SP, salienta que o debate foi importante porque, “além da relevância do tema, serviu como lançamento público do Bloco de Esquerda em São Paulo”. Também fazem parte do Bloco os partidos PAN, PHS, PMN e PRB.
Gustavo Petta, presidente da União Nacional dos Estudantes acredita que “este é um tema que deve envolver os diversos atores da sociedade brasileira, por isso é importante a presença dos estudantes”. “O debate demonstra que o PAC é inconciliável com a manutenção da política econômica atual, por isso é urgente mudá-la e colocar o Banco Central em consonância com os interesses nacionais”, completa o líder estudantil.
“O PAC é importante, pois recoloca o estado como indutor do crescimento econômico, mas não é todo o projeto de desenvolvimento. Nesse sentido, é preciso debatermos qual estado queremos”, diz Gilda Almeida, vice-presidente da CUT-SP . “Na opinião da maioria do movimento sindical, o Plano deveria valorizar o servidor público e ser mais ousado nos investimentos em ciência e tecnologia, o que diz respeito inclusive à soberania nacional”, completa.
Também estavam presentes ao debate os vereadores da capital Eliseu Gabriel (PSB) e Cláudio Prado (PDT), de Americana Davi Ramos (PCdoB) e Diego de Nadai (PV), Jama, do PDT de Santos, Adilson Valentes, do PCdoB de Guarulhos, dentre outros. Também marcaram presença representantes e secretários de prefeituras municipais e o vice-prefeito de Suzano, o comunista Mauro Vaz.
Fernando Borgonovi, pelo Vermelho-SP