Corregedor do Senado defende investigação de suplente de Roriz

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), sinalizou nesta sexta-feira que deve instaurar uma investigação na Casa sobre o suplente de Joaquim Roriz, Gim Argelo (PTB-DF), caso ele assuma o posto do antecessor.

''O Congresso tem obrigação de lutar para que essa Casa não vire um abrigo permanente de alguns marginais, sem querer ofender, que têm praticado traição à população'', disse Tuma a jornalistas.


 


O suplente de Roriz é acusado de receber propina e de dar prejuízos à Câmara Legislativa do Distrito Federal.


 


Tuma disse que conversou com o juiz que cuida do caso de Gim Argelo e contou que o magistrado enviará o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o petebista assuma a cadeira no Senado.


 


''Se ele, juiz, diz que imediatamente após a posse ele manda toda a documentação referente ao comportamento anti-ético (de Gim Argelo) ao Supremo, é porque, em tese, o crime foi praticado'', declarou.


 


Governador do Distrito Federal por quatro mandatos, Joaquim Roriz (PMDB) renunciou a seu mandato na quarta-feira para evitar um processo no Conselho de Ética que poderia culminar na cassação do mandato e na sua inegibilidade por oito anos a contar do fim do mandato para o qual foi eleito em 2006.


 


Roriz, que tem 70 anos de idade, permaneceria no posto até 2014 e, se cassado, ficaria fora das disputas até as eleições majoritárias de 2022, quando teria 86 anos de idade.


 


Ele é acusado de ter combinado a partilha de 2,2 milhões de reais com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin. Roriz afirma que se trata de um empréstimo concedido pelo dono da Gol, Nenê Constantino, e que não envolvia dinheiro público.


 


Fonte: Reuters