Sem categoria

Grande showmício contra CPMF fracassa em São Paulo

Um retumbante fracasso. Este foi o resultado do showmício ''Tributo contra o tributo'', realizado na noite desta terça-feira (16), no Vale Do Anhangabaú, na capital paulista. Os organizadores, empresários da poderosa Fiesp (Federação Das Indústrias Do

Os organizadores contrataram, a peso de ouro, artistas popularescos como Falamansa, KLB, Fresno, dentre outros. Porém, nem mesmo as estrelas atraíram o público esperado. Mesmo o número divulgado pela Polícia Militar, de que 15 mil estiveram no local, passou longe dos 1 milhão de pessoas esperadas.


 


''O vazio da enorme praça do Anhangabaú foi a resposta do povo à tentativa de enganá-lo'', disse o jornalista do Centro de Mídia Independente, Marcos Somag.


 


Acredita-se que se o showmício tivesse sucesso de público seria amplamente usado pela imprensa de oposição como uma demostranção de uma suposta queda de popularidade do governo do Presidente Luís Inácio Da Silva. Como fracassou, a imprensa lamenta. A Folha de S. Paulo chegou a registrar que o showmício ''frustrou expectativas''.


 


A CPMF


 


O imposto CPMF, embora não seja dos mais justos, pois é indireto, custeia grande parte da saúde pública no Brasil, e parte da assistência e seguridade social. São R$ 38 bilhões de reais arrecados ao ano, que mantém o Bolsa-Família, parte do Prouni,previdência pública e o SUS, para o qual é destinada a maior parte da arrecadação, cerca de R$ 23 bilhões de reais anuais.


 


''Para desespero dos empresários sonegadores, a CPMF é cobrada em cada transação financeira, sendo praticamente impossível a sua sonegação. Pior, as informações advindas da cobrança da CPMF ajudam a Receita Federal e a Polícia Federal no combate à evasão de impostos. Flagrantes como o realizado contra executivos da multinacional estadunidense Cisco (''rombo'' na arrecadação estimado em R$ 1,5 bilhão) seriam impossíveis sem as preciosas informações proporcionadas pela cobrança do chamado 'imposto do cheque''', afirma Marcos.


 


Para o jornalista, ''a alternativa à CPMF seria uma reforma tributária distributivista, com impostos diretos fortemente progressivos. Os empresários não querem nem ouvir falar de tal coisa. O negócio é acabar com a CPMF e tirar o dinheiro da saúde pública. Dane-se o povo, eles pensam.''


 


A iniciativa foi vista como mais uma tentativa de ''fazer a cabeça'' do povão contra o governo Lula por entidades dos movimentos sociais.


 


''O povo mostrou, mais uma vez, que 'Homer Simpsons' são os reacionários empresários e a imprensa arrogante que o subestima'', concluíu o jornalista.