Servílio de Oliveira aprova mudanças no boxe
Com o objetivo de aproximar o boxe amador do profissional, estão sendo estudadas mudanças nas regras da modalidade. Alterações como a retirada dos capacetes protetores, assaltos mais curtos, maior agressividade e até mesmo mudança na pontuação serão vo
Publicado 25/10/2007 16:18
Mas o ex-pugilista Servílio de Oliveira aprovou as possíveis mudanças. Ele acredita que a questão dos atletas cubanos que desertaram interfere também nessas alterações planejadas pela organização do boxe. ''Na verdade, acredito que a decisão seja para beneficiar Cuba, o que eu acho justo. Os lutadores estão sendo fisgados por outros países, como a Alemanha. Cuba nem foi para o Mundial que está acontecendo em Chicago (Estados Unidos) para que os atletas não ficassem por lá. Aqui no Brasil presenciamos essa situação durante o Pan do Rio. Com a profissionalização, Cuba tem mais chances de manter seus atletas em casa e lucrar com eles'', explicou.
Por outro lado, Servílio — único medalhista olímpico do Brasil, que está em Praia Grande como coordenador técnico da equipe de São Caetano do Sul para a disputa dos Jogos Abertos do Interior — não acredita que as possíveis alterações nas regras do boxe amador possam influenciar os brasileiros. ''Essas novas regras não interferem em nada para a gente. O Brasil é um país livre e aqui o lutador passa para o profissional quando quer. Essa mudança é mais para proteger os atletas onde não é autorizada essa profissionalização'', comentou Servilio.
Nos Jogos Abertos, o boxe segue em um ritmo acelerado. Nesta quarta e quinta-feira acontecem as semifinais da modalidade e Servílio não esconde a satisfação com o que tem visto nos ringues. ''Estamos com um nível excelente aqui em Praia Grande. O boxe nos Abertos melhora a cada ano e sempre com um número maior de cidades participantes, o que é muito importante para o esporte'', afirmou.
Aos 59 anos de idade, 39 anos depois da conquista da medalha olímpica, Servílio fica feliz com a participação nos Abertos. ''As pessoas estão enxergando o valor de investir em esportes individuais, como o boxe, que dão mais medalhas para as cidades e não uma só, como nos esportes coletivos. Sem contar que estar nos Jogos Abertos é gostoso pelo contato que posso ter com os jovens lutadores'', disse.
Fonte: Diário do Grande ABC