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Colômbia: Eleições municipais são marcadas pelo continuísmo

A vitória dos candidatos aliados aos prefeitos de Bogotá e Medellín – as duas maiores cidades da Colômbia – foram o destaque nas eleições regionais que escolheram 32 governadores e 1.098 prefeitos no país no domingo.

Analistas acreditam que ainda que estas eleições marquem alguma tendência em relação às presidenciais de 2010 – na capital foi derrotado o candidato apoiado pelo presidente Álvaro Uribe e em Medellín assumirá um partido não tradicional – não comprometem a liderança nem a capacidade de governo de Uribe, que possui este ano maioria no Congresso.



Em Bogotá ganhou Samuel Moreno – com 43% dos votos, que sucederá o ex-sindicalista Luis Eduardo Garzón, ambos do opositor Pólo Democrático Alternativo (esquerda). O presidente colombiano teria sido o grande derrotado na disputa da capital, segundo analistas políticos, já que apoiava o ex-prefeito Enrique Peñalosa, que conquistou 28% dos votos.



“A partir de agora a trabalhar, a nos consolidar, começar a integração e cumprir o programa que propusemos”, disse Moreno, ex-parlamentar do Pólo Democrático e neto do general Gustavo Rojas Pinilla, o único ditador que o país teve no século 20.



Em Medellín, ganhou o jornalista Alonso Salazar (com 44%), que assumirá a administração da cidade que está nas mãos de Sergio Fajardo, ambos da Aliança Social Indígena, um movimento independente sem laços com partidos políticos tradicionais.



Em Cali, venceu o médico Jorge Iván Ospina (44%), ex-diretor do hospital mais importante da região, contra o ex-ministro da Educação Francisco Lloreda, candidato apoiado pelo presidente Uribe.



Barraquilla elegeu Alejandro Char (58%), de uma tradicional força política e econômica, que disputava com o locutor esportivo Edgar Perea.



Também foram escolhidos nas eleições deste final de semana mais de 17 mil deputados regionais, vereadores municipais e de bairro.



Tanto a equipe de observação eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA) quanto as autoridades colombianas afirmaram que as votações ocorreram com tranqüilidade, apesar de alguma desordem nas zonas rurais.



Fonte: Ansa Latina