Prefeitura do Rio e Cedae trocam acusações por avalanche no Rebouças

As chuvas no Rio terminaram, mas a troca de acusações entre a Prefeitura do Rio e a Cedae sobre o culpado pelo transtorno continua. Um relatório da Geo-Rio apontou um vazamento na tubulação da Cedae, responsável pelo abastecimento na comunidade Cerro-Corá

Técnicos da prefeitura identificaram um vazamento na tubulação de alta pressão com seis polegadas. A Cedae reconheceu o vazamento, mas em dimensões diferentes das mencionadas pelo secretário municipal. Segundo a empresa, “técnicos da empresa encontraram um vazamento numa tubulação a mais de 200 m do local do desabamento. A rachadura no cano tinha vazão de água equivalente a um tubo de meia polegada (pouco mais de 1 cm) que não poderia ser responsável pelo acidente”.



“Mesmo se o morro inteiro vazasse ao mesmo tempo, a responsabilidade pela drenagem da água, contenção de encosta e controle do crescimento desordenado [da favela] não é da Cedae”, acrescenta.



De qualquer forma, um levantamento mostrou que a Prefeitura diminuiu os investimentos na Geo-Rio para contenção de encostas, que poderiam prevenir acidentes como o do Túnel Rebouças. Segundo os números do Tribunal de Contas do Município, em 2002, os investimentos foram de R$ 12,2 milhões, caindo para R$ 4,6 milhões de 2006.



O Ministério Público deve ser acionado para que investigue se houve omissão do prefeito Cesar Maia no caso do Rebouças.