Começa em BH o 12º Congresso da UIS-Transporte, da FSM

Na abertura do evento, João Batista Lemos, coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC) e membro do Movimento por uma Central Sindical Democrática e Classista – que está articulando a fundação da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) – saudou as delegações estrangeiras e fez uma rápida avaliação do cenário mundial.

Batista ressaltou que o congresso ocorre num momento em que a classe trabalhadora emite sinais evidentes de resistência à ofensiva neoliberal e imperialista.

“Há um avanço da lua dos povos contra a opressão imperialista, como vemos no Iraque e na América Latina”, disse Batista. Para ele, o quadro latino-americano é revelador deste avanço.

“Somando-se à heróica resistência cubana, liderada por Fidel Castro e pelo Partido Comunista, agora está a Venezuela liderada por Hugo Chávez e demais governos progressistas da região”, afirmou.

Batista também lembrou o avanço das luas na Europa, onde recentes greves sacudiram mais uma vez as certezas conservadoras sobre “reformas”neoliberais. Na Grécia e em Portugal, segundo Batista, também há perspectivas de novas paralisações. Ele lembrou ainda a abertura de espaços para a luta dos trabalhadores com a eleição e reeleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República.

Ampla unidade

Para Batista, este cenário traduz um inequívoco sentimento antineoliberal e antiimperialista. E a reorganização da Federação Sindical Mundial (FSM), para a qual a refundação da UIS-Transporte é fundamental, ocorre num momento de grandes transformações mundiais.

“Tudo isso compõe uma soma de forças para enfrentarmos o inimigo número um dos povos: George W. Bush”, afirmou.

Batista enfatizou que esta tarefa exige a mais ampla unidade. “A unidade de ação implica em termos cuidado para não praticar uma política de exclusão, que só interessa aos inimigos dos trabalhadores”, afirmou.

Em seguida, Adib Miro, representante do secretariado internacional da FSM, fez um balanço crítico da atuação da UIS-Transporte e também ressaltou a importância da unidade dos trabalhadores na luta antineolibeal e antiimperialista.

Wagner Fajardo, presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), foi eleito presidente do Congresso e assumiu o comando dos trabalhos. A primeira missão foi a apresentação do tema “conjuntura mundial”, contida num documento com uma densa avaliação sobre diferentes aspectos da crise econômica e política que atinge o planeta. Em seguida, começaram as apresentações dos temas específicos de cada setor de transporte em âmbito mundial.   

De Belo Horizonte (MG),
Osvaldo Betolino