Governo adia votação e CPMF deve ir a plenário até quinta
Sem os votos necessários para a prorrogação da CPMF até 2011, o governo adiou a votação da proposta para quarta ou quinta-feira, informou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A votação aconteceria nesta terça-feira (11), mas os senadores d
Publicado 10/12/2007 21:52
Roseana sofreu uma cirurgia no pulso e não poderá ir ao Senado na terça. E Flávio Arns terá que se submeter a uma sessão de quimioterapia. “O governo não pode abrir mão desses dois votos”, disse Jucá nesta segunda-feira, 10. Na quarta-feira, o Senado previa escolher o novo presidente do Senado, o que também deve ser adiado.
Sem “cartas na manga”
Conduzido à liderança do governo há menos de três semanas, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) tem se dedicado mais a ajudar o governo no Senado, onde se discute a prorrogação da CPMF, do que propriamente na Câmara, onde os trabalhos estão temporariamente paralisados.
Às vésperas da votação que decidirá o futuro do chamado imposto do cheque, Fontana afirma que o governo não tem mais “carta na manga” para convencer os senadores a prorrogarem a contribuição até 2011 e se apóia unicamente no argumento da “responsabilidade social” para garantir uma arrecadação anual de R$ 40 bilhões.
“Não nós temos uma carta na manga. Nós temos um conjunto de propostas que está sendo levado aos senadores que estão em dúvida a respeito do seu voto. E, de fato, muitos estão sensibilizados por esses argumentos”, afirma o deputado, ao lembrar que o tributo financia o Bolsa Família, a Previdência e a saúde pública (leia mais).
Caso a proposta de emenda constitucional seja rejeitada pelo Senado, uma série de investimentos sociais previstos em obras de infra-estrutura e programas sociais ficará comprometida, avalia o parlamentar gaúcho. Cortes que, ressalta ele, obrigarão o governo a rever a proposta orçamentária para 2008, em discussão no Congresso.