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PC Sul-Africano conclama à unidade e não à vingança

O secretário-geral do Partido Comunista Sul-Africano (PCSA), Blade Nzimande, que se empenhou a fundo na campanha que elegeu Jacob Zuma presidente do CNA (Congresso Nacional Africano), fez um apelo nesta quatra-feira (19) pela reconciliação e contra o reva

Para Nzimande, a nova direção do CNA deveria estudar os erros do grupo dirigente anterior, para evitar que também eles percam a confiança do povo. “Liderança é uma coisa a ser aprendida diariamente, na base. Liderança não é um título. Você tem que aprendê-la na base, trabalhando todos os dias no meio do povo”, opinou o líder comunista.



“Seremos ouvidos pelo camarada”



Nzimande manifestou a expectativa de um estreiamento da aliança entre os comunistas, que participam dao CNA, e a nova direção da organização de frente. “Estamos confiantes de que seremos ouvidos pelo camarada Zuma, o que não significa que estaremos de acordo em todas as coisas”, observou.



Zwelinzima Vavi, secretário-geral da Kosatu – a atuante central sindical sul-africana, que tal como o PCSA participa do CNA – reforfou o chamamento de Nzimande em favor da unidade, dizendo que a eleição de três ex-sindicalistas entre os seis principais dirigentes do Congresso Nacional Africano cria um terreno fértil para a unidade. “Penso que essa liderança tem a melhor chance de unir a aliança e o povo do país”, avaliou.



Jacob Zuma foi eleito presidente do CNA no 53º Congresso da organização que governa a África do Sul desde a derrubada do regime de apartheid. Ele disputou o cargo com o atual presidente da república, Thabo Mbeki, obtendo 2.300 votos entre os 3.900 delegados. Sua vitória foi vista como uma inflexão à esquerda na política sul-africana.



Com informações do The Times sul-africano



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