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Chávez e Evo: “queremos uma revolução em paz” 

Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, fizeram durante a Cúpula do Mercosul, realizada nesta terça-feira (18) em Montevidéu, duras críticas a seus adversários internos e externos, com destaque para os EUA, considerados por am

Já o presidente boliviano, disse que “o imperialismo acreditava que este indiozinho duraria apenas três meses, mas este indiozinho vai durar muitos anos mais”.


 


Chávez também prestou solidariedade a Evo. “A situação na Bolívia é muito difícil, estão sendo desconhecidos processos legítimos, democráticos, como a Assembléia Constituinte, que aprovou a nova Constituição, assim como as instituições do Estado e um governo, da mesma maneira como foi feito na Venezuela”, disse.


 


Durante o encontro entre os presidentes, Evo pediu que o Mercosul crie uma comissão para investigar a morte de três pessoas em Sucre durante os protestos contra a Assembléia Constituinte, no fim de novembro.


 


“Me acusam de assassino pelas mortes em Sucre, mas até agora, depois de três semanas, não há uma autópsia, um informe forense. Por isso eu peço que se crie uma comissão do Mercosul para realizar uma investigação transparente”, afirmou.


 


O presidente da Bolívia disse ter informação própria sobre as mortes, mas que não iria divulgá-la para não entorpecer a investigação. As mortes ocorreram durante confrontos entre manifestantes anti-Morales, pró-Morales e a Polícia Nacional. Os primeiros exigiam que o projeto da nova Carta reconhecesse Sucre como capital plena da Bolívia – a cidade é sede do Judiciário do país.


 


O Mercosul não respondeu ao pedido do boliviano. Logo após seu discurso, porém, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, afirmou: “Saiba que conta, em nome de todos aqui presentes, com o respaldo dos presidentes que integram o Mercosul”.


 


Argentina defende Venezuela no Mercosul


 


A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que assumiu nesta terça, a presidência pro tempore do Mercosul, afirmou que durante o primeiro semestre de 2008 espera incorporar a Venezuela ao bloco do Cone Sul.


 


Segundo ela, a presença venezuelana no Mercosul permitirá configurar ''o fechamento da equação energética''. Cristina também ressaltou que existem países na vizinhança do Mercosul que ''não encaram como positivo que os vizinhos se unam''. Segundo ela, existem ações ''que pretendem nos dividir, separar''.


 


''Existem aqueles que querem países empregados e subordinados, mas não vão nos dobrar'', disse. A frase foi interpretada como alusão direta aos EUA já que o governo de Cristina acusou a administração Bush de estar por trás das denúncias realizadas pelo FBI e a Justiça Federal de Miami de que ela recebeu dinheiro do presidente venezuelano Hugo Chávez para sua campanha eleitoral.