Texto “confidencial” inclui Brasil no Conselho de Segurança da ONU
Um documento elaborado por Chipre e Alemanha, um esboço ainda, propõe que a ONU acrescente o Brasil, além de outros sete novos membros, no Conselho de Segurança, segundo informou na manhã desta sexta-feira a agência inglesa de notícias Reuters. Os prin
Publicado 22/03/2008 12:29
Há mais de 10 anos, a Assembléia Geral da ONU tem buscado formas de ampliar o Conselho de Segurança, a instância mais poderosa da Organização das Nações Unidas, com base nas críticas de que a composição do colegiado está obsoleta se o seu objetivo é buscar a paz e a segurança internacional. Segundo os críticos, a ONU precisa se adaptar às mudanças mundiais no século 21 e existe, agora, uma chance para sua modernização.
O esboço da proposta, um documento confidencial obtido pela Reuters, propõe a expansão do Conselho de Segurança, de 15 para 22 países-membros. O esboço diz que duas das novas vagas ficariam com a África, duas com a Ásia, uma com a América Latina e Caribe, uma com a Europa ocidental e uma com a Europa oriental. Mas os termos para o número de membros foram deixados em aberto.
O atual conselho tem cinco membros permanentes com direito a voto: Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos, considerados vitoriosos da Segunda Guerra Mundial. Dez integrantes não-permanentes são eleitos a cada dois anos. O conselho só foi aumentado uma vez, vinte anos desde 1945, quando a ONU foi criada, ao elevar o número de membros eleitos de seis para 10. Segundo o texto, elaborado por diplomatas de Chipre, com a ajuda da Alemanha, o objetivo da proposta é “melhorar a representatividade do Conselho de Segurança, sem sacrificar a efetividade”.
O Brasil, desde o primeiro mandato do presidente Luis Inácio lula da Silva, vem batalhando pelo apoio de outros países a uma vaga permanente para o brasil no Conselho de Segurança. Dezenas de nações visitadas pelo presidente Lula já manifestaram apoio às pretensões do brasil.