Cubanos residentes no exterior pedem fim do bloqueio
''A maioria dos cubanos que vivem em outros países não deixaram de ser cubanos, nem taríram sua Pátria'', exclamou o presidente da Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón, no discurso de encerramento do histórico evento ''Cubanos Residentes no Exterior co
Publicado 22/03/2008 12:51
Com a presença de 129 delegados domiciliados em 34 países, foi inaugurado o evento Cubanos Residentes no Exterior contra o Bloqueio e o Terrorismo no Hotel Nacional de Cuba, convocado pela Direção de Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores da Ilha.
No discurso de abertura, o chanceler Felipe Pérez Roque deu aos participantes ''cordiais boas-vindas'' e assinalou que ''representam todos aqueles que, por diversas razões, fixaram residência fora de Cuba e mantêm inquebrantável o compromisso da defesa da Pátria''.
Assegurou que ''muitos viajaram ultrapassando inúmeras dificuldades, especialmente os dos Estados Unidos'' para ''trocar experiências, propor novas ações e melhorar os mecanismos de coordenação e comunicação entre nós para combater o bloqueio, denunciar a impunidade dos terroristas, enfrentar as mentiras que são divulgadas contra nosso país e exigir que, após dez anos de injusta e cruel prisão, nossos Cinco compatriotas, heróis da luta contra o terrorismo, retornem a Cuba para se reunir com suas famílias e seu povo''.
Pérez Roque salientou que a ocasião era propícia para prestar uma modesta homenagem à Brigada Antonio Maceo pelo 30º aniversário de sua fundação, pois esta organização, radicada em Miami, ''ganhou, desde o início, um honroso lugar no enfrentamento à agressão imperial contra Cuba e foi semente e inspiração para outras organizações de compatriotas que, nos Estados Unidos e no resto do mundo, foram surgindo nestes anos de dura luta''.
''Passaram 30 anos daqueles momentos difíceis, quando um pequeno grupo de compatriotas comprometidos com sua pátria resolveram modificar a relação de enfrentamento imposta por seu país de origem e deram os primeiros passos para encarar organizadamente essa situação. Tal situação mudou significativamente e hoje contamos com agrupamentos de compatriotas em 40 nações do mundo que se organizam para defender a Patria agredida. Há outros países onde ainda não foram formalmente criadas organizações de irmãos residentes, mas eles participam de tarefas de apoio e de atividades que coordenam em parceira com nossas missões diplomáticas e consulares no exterior''.
O ministro informou que atualmente ''mais de 800 mil cubanos residentes no exterior fizeram trâmites em nossas repartições consulares e cerca de 400 mil normalizaram sua situação migratória. Existem cerca de 314 mil emigrados e quase 82 mil residentes temporários no exterior. Em 2007, visitaram nosso país quase 193 cubanos, inclusive dos Estados Unidos, sendo um novo recorde histórico''.
Salientou que o processo de normalização das relações é ''contínuo e irreversível'' e que ''a política de agressão dos Estados Unidos contra Cuba é o maior empecilho para a normalização plena das relações entre a nação e a emigração''. O chanceler criticou a manipulação do tema migratório por parte do governo americano, assim como a Lei de Ajuste Cubano e o tráfico de pessoas organizado e financiado com impunidade em Miami.
Fonte: Granma