Equador: Correa critica os EUA e nomeia novo comando militar
O presidente do Equador, Rafael Correa, nomeou nesta quinta-feiar (10) a novo comando militar e policial após a renúncia de oficiais do alto escalão, graças à crise gerada por suas denúncias sobre a suposta infiltração de agentes da CIA no país.
Publicado 11/04/2008 11:27
O mandatário, que no mesmo dia designara o novo ministro da Defesa, Javier Ponce, informou também que a nova cúpula militar e policial viajará ao México para uma visita oficial.
As mudanças nas Forças Armadas ocorreram após a denúncia de Correa sobre vínculos entre a agência de inteligência dos Estados Unidos (CIA) e a inteligência militar e policial do Equador. Segundo o presidente, uma comissão civil-militar investigará as “conexões ilegítimas de certos oficiais e serviços de inteligência com agências estrangeiras”, para conhecer “a verdade e terminar com essas práticas”.
Correa aceitou o pedido de demissão dos chefes do Comando Conjunto, o general Héctor Camacho, do comandante do Exército, Guillermo Vásconez e da Força Aérea, Jorge Gabela. Confirmou, porém, o cargo de Livio Espinosa, almirante da Marinha.
O general Fabián Varela, que era chefe do Estado Maior do Comando Conjunto, substituirá Camacho, enquanto os generais Luis Gonzáles e José Bohórquez estarão à frente do Exército e das Forças Aéreas, respectivamente.
O presidente disse durante a cerimônia de posse dos novos funcionários que o país não vai “tolerar” a intromissão de outros serviços de inteligência. “Não podemos tolerar que nossos serviços de inteligência não respondam ao governo nacional, legítimo representante do povo equatoriano”, declarou Correa.
Da redação, com agências
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