Entidades lançam manifesto em defesa do movimento sindical
Um grupo de aproximadamente 30 sindicalistas, representando 27 entidades da região e 04 centrais sindicais, lançou nesta quarta-feira (16/04), no Salão Vermelho da Prefeitura Municipal de Campinas, o Manifesto à População – Em defesa do Sindicalismo Br
Publicado 16/04/2008 16:18 | Editado 04/03/2020 17:19
A questão teve início no dia 26 de março, quando a advogada Kátia Gomide, seu marido Marcos Cará (assessores do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região) e o tesoureiro da entidade, Gabriel Francisco de Souza, foram presos em flagrante pela Polícia Civil, acusados de tentativa de extorsão contra diretores de uma empresa de plano de saúde. Desde então, a organização dos trabalhadores tem sido alvo de ataques por parte da mídia, que tenta desqualificar toda a luta sindical por conta do episódio.
No ato, foram definidas três ações que serão desencadeadas pelos sindicalistas: distribuir o Manifesto à sociedade nas atividades do dia 1° de Maio, enviar o documento às centrais para que mais entidades assinem o documento e divulgar, desde já, o documento junto às respectivas categorias.
Entidades quiserem endossar a defesa do Sindicalismo Brasileiro assinando o documento, devem entrar em contato com Suely Torres através do endereço eletrônico: suelytor@terra.com.br
MANIFESTO À POPULAÇÃO
Em defesa do Sindicalismo Brasileiro
Diante dos ataques que o movimento sindical vem sofrendo em Campinas, as Centrais e Sindicatos abaixo assinados vêm a público expressar à população sua indignação e esclarecer o seguinte:
Diante dos fatos que ocorreram no sindicato dos Condutores de Campinas, sentimo-nos na obrigação de apresentarmos manifesto a população em defesa do sindicalismo, uma vez que, estão tentando colocar sob suspeita todo movimento sindical brasileiro.
O movimento sindical sempre esteve na cena política brasileira, lutando pela democracia, pelo desenvolvimento da nação, em defesa do trabalho, da soberania nacional e, principalmente, na construção de uma sociedade justa e igualitária.
Nosso compromisso é com a transparência e a democracia. Esses sim são elementos básicos do sindicalismo brasileiro, e não as práticas de extorsão, de manipulação e utilização das massas trabalhadoras, como indevidamente querem demonstrar à população.
Os trabalhadores sempre lutaram e defenderam a autonomia das entidades sindicais. Autonomia diante de governos, dos patrões, dos partidos e de todo e qualquer tipo de ingerência externa aos objetivos da classe trabalhadora. Temos orgulho da opção que fizemos: somos mulheres e homens empenhados na luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de Campinas e do Brasil.
Não é papel dos sindicalistas julgar ou condenar quem quer que seja. Essa é uma função dos órgãos da Justiça. Porém, é nossa função exigir que os fatos sejam apurados e que, comprovada as ações criminosas, os envolvidos sejam punidos perante os rigores da lei.
O Movimento sindical não se curvará diante de pressões e injurias de pessoas ou órgãos institucionais que, atendendo aos interesses das classes dominantes, tentam passar para a sociedade e todo povo brasileiro a visão distorcida de nossos objetivos políticos. Nós sindicalistas não mediremos esforços para defender as entidades sindicais, pois entendemos que se ainda temos alguns direitos isso é fruto da luta dos trabalhadores e trabalhadoras organizados em suas entidades de classe.
Assinam o Manifesto:
Sindicato Unificado dos Petroleiros;
Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU);
Sindicato dos Frentistas de Campinas e Região;
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Campinas e Região;
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo;
Sindicato dos Professores de Campinas e Região (SINPRO/CAMPINAS);
Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas e Região;
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Mogiana;
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Produtos de Limpeza no Estado de São Paulo;
Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de Campinas e Região;
Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região;
Sindicato dos Químicos de Americana e Região;
Sindicato dos Empregados no Comércio de Capivari, Piracicaba e Região;
Sindicato dos Condutores de Americana e Região;
Sindicato dos Empregados em Estacionamentos e Garagens de Campinas e Região;
Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Campinas e Região;
Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental de Campinas e Região;
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Campinas;
Sindicato dos Desenhistas de Campinas;
Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos e Academias de São Paulo;
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Campinas e Região (SINDAE);
Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (SINERGIA);
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região;
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Carga de Campinas e região (SINDICARGAS);
Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia – SP (SINTPq);
Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Sindpd);
Sindicato dos Trabalhadores em Serviço de Carro Forte, Guarda, Transporte de Valores e Escolta Armada, seus anexos e afins do Estado de São Paulo (SINDIFORTE).
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB);
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
Central Única dos Trabalhadores (CUT);
União Geral dos Trabalhadores UGT).
De Campinas/SP,
Agildo Nogueira Jr.