Sem-tetos fazem protesto em Salvador

Cerca de 1.500 pessoas participaram do protesto em Salvador. Outros 19 estados também aderiram à mobilização nacional que luta pela criação de moradias. Segundo o coordenador do Movimento em Defesa da Moradia e do Trabalho (MDMT), Ticão, o objetivo do protesto é cobrar a construção de um milhão de casas em todo o país. “Na Bahia, temos o déficit de 600 mil moradias, sendo cerca de 150 mil só em Salvador. Estamos lutando para que sejam criadas políticas públicas que garantam a moradia digna para as pessoas. Queremos também a efetiva aplicação dos recursos para a construção de casas populares”, declarou.

Reivindicações nacionais

Entre as reclamações dos movimentos locais, estavam a retomada das obras de construção das 430 casas no bairro de Valéria, o cumprimento do compromisso assumido pela prefeitura em 2007 de liberar verbas para construção de esgotamento sanitário no bairro de Pirajá e a reintegração de posse da Fábrica de Mamona de Paripe. O direcionamento dos casarões restaurados no Centro Histórico para a moradia de interesse social também foi reivindicado.  Participaram do protesto o Movimento dos Sem-teto de Salvador (MSTS), União de Moradia Popular (UMP), Movimento dos Sem-teto de Lauro de Freitas e Movimento Dois de Julho.

Em nível nacional os movimentos por moradia reivindicam a destinação de terras da União, do Instituto Nacional de Seguridade Social (Inss) e da Rede Ferroviária Federal para moradia popular, a imediata publicação do edital do programa de produção social de moradia para cooperativas e associações,  a desburocratização dos programas federais de moradia, a implementação de políticas federais que impeçam o despejo das famílias acampadas, o controle social dos programas de habitação e saneamento, além da aprovação da lei da mobilidade pelo Congresso Nacional.

De Salvador,
Eliane Costa