Bancários de Brasília propõem índice de 13,08% para a Campanha Nacional

O IV Congresso dos Bancários de Brasília, realizado nos dois últimos finais de semana (05/07 e 12/07), discutiu e aprovou projetos que serão apresentados na Conferência Nacional dos Bancários, que acontecerá de 25 a 29 desse mês, em São Paulo. Entre elas,

O IV Congresso dos Bancários de Brasília aprovou como proposta à Conferencia Nacional da categoria o estabelecimento do índice de 13,08% como reivindicação da Campanha Nacional deste ano. Este índice corresponde aproximadamente à soma do INPC projetado para o período de setembro de 2007 a agosto de 2008, com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, de 5,7%.

Os bancários de Brasília defendem ainda que a pauta deste ano contemple a reivindicação de um piso de R$ 2.079 para todos os segmentos da categoria e de uma PLR justa, que esteja à altura do trabalho realizado para a produção dos lucros das instituições financeiras.

O IV Congresso dos Bancários de Brasília foi realizado em dois dias, em finais de semanas distintos: no dia 5 de julho e neste sábado, dia 12. A Conferência Nacional dos Bancários será realizada em São Paulo, de 25 a 29 de julho, período em que acontecerão também os encontros temáticos e os congressos por bancos. Os representantes de Brasília na conferência foram eleitos ao final do congresso. São 48 delegados de bancos públicos e privados.

Entre as propostas do congresso dos bancários de Brasília estão também a de aumento no valor da cesta-alimentação para valor igual ao salário mínimo, aumento do auxílio-educação e do valor pago a título de quebra-de-caixa e jornada de 6 horas também para bancários comissionados, sem redução de salários.

As propostas específicas para o Banco do Brasil incluem a implantação de PCS justo, que valorize a presença do funcionário no empresa; contratação de mais empregados; ascensão por mérito; e fim da terceirização, das metas abusivas e do assédio moral.

Para a Caixa, as propostas contemplam aumento do valor das funções (CTVA); adequação de itens do PCS; fortalecimento do Saúde Caixa; caráter deliberativo ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa; auxílio-alimentação e cesta-alimentação a todos os aposentados.

Em relação ao BRB, destaca-se a exigência de que tanto o governo do Distrito Federal como a direção do Banco do Brasil se pronunciem publicamente garantindo aos funcionários, na incorporação do banco local pelo BB, emprego, equivalência salarial e demais direitos. Os bancários do BRB cobram da direção do banco a assinatura de pré-acordo estabelecendo compromisso com o cumprimento da Convenção Nacional e vão lutar ainda pela revisão do PCS em negociações paritárias, assim como por mais contratações, com prioridade para as necessidades das agências.

Os funcionários do BRB vão realizar encontro específico na primeira quinzena de agosto, com o objetivo de aprimorar a pauta de reivindicações e definir a estratégia de mobilização.

A organização e a mobilização dos funcionários dos bancos privados no DF, visando a Campanha Nacional, serão também discutidas em seminário na primeira quinzena de agosto.

O Congresso dos Bancários de Brasília aprovou a proposta de eixos para a Campanha Nacional, encaminhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Confira, a seguir, a íntegra da proposta discutida em seminário da diretoria da confederação do qual participaram também representantes de sindicatos de todo o país:

– Reafirmar o princípio da negociação com mesa única e unidade do Comando Nacional, com a inclusão de todas as centrais sindicais (CUT, Conlutas, CTB, UGT, Nova Central, Intersindical e demais centrais).

– Estratégia de campanha: reafirmar a mesa única da Fenaban para os temais gerais, articulada com negociações específicas simultâneas nos bancos públicos. Todas as negociações são de responsabilidade do Comando Nacional, com o assessoramento das comissões de empresa.

– Aumento real de salário.

– Elevação dos pisos salariais, tendo como patamar o mínimo do Dieese.

– PCS em todos os bancos.

– Melhorar as condições de trabalho, com foco nos seguintes eixos:
Jornada de 6 horas para todos.
Mais segurança nas agências.
Mais saúde para os bancários.
Fim das metas abusivas e do assédio moral.
Contratação de mais bancários.
Ampliação do tíquete-alimentação.
Auxílio-Creche/Babá igual ao salário mínimo.

– Contratação da remuneração total.

– Novo modelo de PLR.

– Incluir nova conquista na Convenção Nacional. As conferências estaduais e regionais devem fazer a discussão e trazer propostas para a Conferência Nacional.

– Igualdade de oportunidades.

– Implementar a OLT (organização nos locais de trabalho).

– Democratização dos bancos estatais e privados, com eleição de representantes dos bancários nos conselhos de administração.

– Intensificar a campanha pela aprovação da Convenção 158 da OIT.

– Retomar já, com a Fenaban, as negociações das questões pendentes da campanha do ano passado: segurança bancária, saúde e assédio moral.

– Realização dos congressos dos bancos em março de 2009, com número maior de delegados, para aprofundar a discussão das questões específicas e estabelecer a pauta de negociação do ano todo.

– Conferência Nacional dos Bancários em julho de 2009, para discutir os temas gerais da categoria.

– Eixo político: ampliação do crédito para a produção de alimentos, para combater a inflação.

– Indicar ao Comando Nacional a inclusão de um quarto tema para discussão, no dia 25 de julho, na Conferência Nacional: a incorporação do Besc, do BEP, do BRB e da Nossa Caixa ao Banco do Brasil.

– Após a Campanha Salarial 2008, a Contraf/CUT buscará entidades representativas da sociedade para discutir a necessidade de haver um controle social do sistema financeiro e o papel dos bancos, tanto públicos como privados, do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional. O objetivo é construir uma nova proposta para a regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal.

– Defesa dos bancos públicos federais, regionais e estaduais. 

Fonte: CUT-DF