PF indicia 24 pela fraude dos selos
O inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou a fraude dos selos apontou o indiciamento de 24 pessoas por envolvimento no esquema que lesou em R$ 2,8 milhões os cofres da Assembléia Legislativa, entre 2004 e 2007. O resultado de mais de um ano de apu
Publicado 19/07/2008 11:58 | Editado 04/03/2020 17:11
Além do ex-diretor administrativo da Assembléia Ubirajara Amaral Macalão, apontado como mentor da fraude, figuram entre os indiciados dois deputados, servidores e pessoas que ocuparam cargos nas superintendências da Casa. Também é indiciado um candidato ao parlamento italiano. 'A constatação dessa fraude estancou o desvio de recursos da Assembléia, que chegava a R$ 70 mil por mês', avaliou Rodrigues.
A Polícia Federal enquadrou os acusados em crimes como peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Se o Ministério Público Federal oferecer denúncia e esta for aceita pela Justiça, os indiciados passarão à condição de réus. O inquérito sugere também ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região uma investigação sobre possível prática de crime eleitoral pelos parlamentares indiciados.
PF sugere que houve crime eleitoral na fraude do selo
O indiciamento de dois deputados no inquérito policial da fraude do selo motivou o delegado Andrei Rodrigues a recomendar investigação de crime eleitoral. Conforme ele, os parlamentares se beneficiaram por terem recebido selos para proveito próprio. 'Sugerimos que seja encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, pois o material foi adquirido de forma clandestina, o que indica envolvimento', explicou. Rodrigues disse que Polícia Federal constatou ainda uso de documento falsos e ausência de prestação de contas sobre a utilização de selos em campanhas.
Os deputados Kalil Sehbe, do PDT, e Paulo Brum, do PSDB, foram indiciados pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e utilização de documentos falsificados. A decisão foi embasada no fato de que Sehbe e Brum contrataram, por R$ 11 mil, serviços de coleta e postagem de mala direta da MR Entregas no período eleitoral de 2006. A empresa pertence a familiar de Claiton Costa Alves, que confessou ter revendido selos desviados por Ubirajara Amaral Macalão. Brum afirma que apenas seguiu recomendação de Macalão. Já Sehbe afirmou que foi vítima de uma quadrilha.
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