Proposta de redução do IPI ameaça fabricantes de aparelhos de ginástica do Pólo Industrial de Manaus

 


A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) está pleiteando do Ministério da Fazenda redução de 20% para 5% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializad


 


Sem a vantagem comparativa do IPI, que na Zona Franca de Manaus os fabricantes com projetos aprovados na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) são isentos, a tendência é que os investimentos saiam de Manaus. Na prática, uma debandada do segmento significará a perda de 2 mil empregos, mantidos atualmente pelas empresas  Brudden da Amazônia Ltda, Genis Equipamentos de Ginástica Ltda, Ifer da Amazônia Ltda, Universal Componentes da Amazônia Ltda e Universal Fitness da Amazônia Ltda.


 


A preocupação dos empresários foi relatada à deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em reunião realizada nesta segunda-feira (dia 9) em uma das fábricas do segmento no parque fabril local e que contou ainda com a presença de um representante da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). “Vou levar o assunto ao conhecimento da nossa bancada no Congresso (Nacional), para que juntos evitemos prejuízos a um segmento que emprega milhares de pessoas e tem faturamento de mais de R$ 200 milhões por ano”.


 


Os diretores presentes à reunião afirmam que a redução do IPI não beneficiará os fabricantes instalados fora da Zona Franca, porque a maioria deles é constituída por micro e pequenas empresas, optantes do regime especial de tributação (Simples Nacional/Super Simples) e que, portanto, não usufruirão de tal redução. No parecer feito pelo segmento e entregue à Vanessa e ao representante da Seplan, tal desoneração atenderá à empresas estrangeiras, que oferecem produtos mais competitivos que os fabricados fora do PIM.


 


Linhas verticalizadas


Assim como o pólo de duas rodas, os fabricantes de aparelhos de ginástica mantém linhas de produção verticalizadas. Os investimentos chegam a R$ 115 milhões e a produção parte da fabricação dos chassis e quadros metálicos (corte, curvatura, furação, soldagem, tratamento superficial e pintura), passando pela fabricação dos módulos eletrônicos (montagem das placas de circuito impresso e a injeção plástica dos gabinetes), fabricação dos motores elétricos até chegar à montagem completa dos aparelhos.


 


Entre os principais produtos fabricados estão: bicicleta ergométrica, esteira rolante mecânica e elétrica, stepper e aparelho de ginástica para musculação. Além disso, as empresas produzem módulo eletrônico para os aparelhos, os motores de corrente contínua aplicados às esteiras ergométricas, entre outros componentes. Para se ter uma idéia da expansão do segmento, a produção de bicicleta ergométrica saiu de 29.724 unidades em 2006 para 42.173 no ano seguinte. No ano passado, até outubro, já era 33.983 peças do produto.


 


De Manaus,
Hudson Braga.