Uruguai: pesquisa indica Mujica e Lacalle liderando prévias
Os pré-candidatos à presidência do Uruguai José Mujica, da coligação Frente Ampla, e Luis Lacalle, do Partido Nacional, lideram as prévias de seus respectivos partidos, indicou uma pesquisa divulgada ontem pela consultoria Fáctum.
Publicado 22/05/2009 11:02
Faltando 38 dias para o pleito, que será realizado em 28 de junho, o senador e ex-guerrilheiro tupamaro e o ex-presidente, que governou o país de 1990 a 1995, parecem ter garantido suas participações na próxima eleição.
O estudo da Fáctum indica que, entre os eleitores da Frente Ampla, Mujica tem entre 48% e 52% das preferências, seguido pelo ex-ministro da Economia e senador Danilo Astori, que tem entre 35% e 37%. Em terceiro lugar ficou o prefeito de Canelones, Marcos Carámbula, com cerca de 10% das intenções de voto.
Por sua vez, entre os eleitores do Partido Nacional, Lacalle reúne entre 49% e 56% das preferências, seguido pelo senador Jorge Larrañaga, com entre 41% e 44%.
A pesquisa revela uma tendência de consolidação entre os primeiros colocados, que ampliaram a distância em relação aos seus adversários, e de queda entre os outros candidatos.
No Partido Colorado, o ex-ministro do Turismo e filho do ex-ditador Juan María Bordaberry (1972-1976), Pedro Bordaberry, lidera com entre 73% e 79% das intenções de voto, seguido pelo ex-vice-presidente Luis Hierro Lópes (2000-2005), que reúne entre 15% e 17% das preferências.
Os partidos uruguaios vão definir suas respectivas chapas para as eleições a presidente nas prévias simultâneas em 28 de junho e, em 25 de outubro, os eleitores vão escolher o próximo presidente do país.
No início do ano passado, iniciou-se um movimento em defesa de um segundo mandato do atual presidente, Tabaré Vázquez. O próprio governante, contudo, repetiu inúmeras vezes que não gostaria de concorrer, até porque, para isso, seria necessário mudar a Constituição, que não permite a reeleição.
Cerca de 100 mil assinaturas foram coletadas com esse propósito, mas diante da firmeza da posição de Vazques, o movimento minguou em fevereiro deste ano.
Com Ansa