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Economistas já projetam negócios em real, rublo, rúpia e renminbi

A visita do presidente Lula à China é acompanhada com atenção na França. A força da delegação que acompanha o presidente brasileiro e a atenção dada pela China ao Brasil ajudam os franceses a tomarem consciência de uma das grandes mudanças geopolíticas

“É como se um tabu mental desmoronasse, como se o inconcebível se tornasse, de repente, possível”, conclui artigo de Edward Hadas, no Le Monde. “A idéia de um mundo liberto do domínio do bilhete verde avança. Moscou e Nova Délhi poderão se juntar ao movimento e permitir às divisas do Bric formarem um bloco dos “4 R” (real, rublo, rupia, renminbi). O fim do reinado do dólar será, talvez, lento. Mas não menos inevitável”, previu Hadas.


 


Apesar da ameaça à hegemonia do dólar, algumas áreas empresariais ainda resistem a abandonar a moeda dos EUA. Eles acreditam que podem enfrentar melhor grandes déficits comerciais. Isso aconteceria por conseguirem tomar emprestado em dólar, ou seja, na sua própria divisa, um privilégio singular.


 


O dólar também continua a servir referência para vários negócios. No entanto, a decisão de Brasil e China faz com que, pela primeira vez, a contestação à hegemonia do dólar torne-se uma hipótese efetiva. Além disso, com a retração do crédito e com os papéis dos EUA cada vez menos atraentes sinalizando uma futura desvalorização da moeda, cresce o número de países querendo se livrar do “mico”.


 


Com informação do Monitor Mercantil