PDT: Saída de Alves abre espaço para articulações com o PT

Ao colocar seu cargo de presidente do PDT na Bahia à disposição da direção nacional do partido na quarta-feira (19/08), o deputado federal Severiano Alves abriu a porta para a efetiva consolidação da aliança dos pedetistas com o PT. “A aliança revela a capacidade de articulação do governador, consolida a sua liderança e do seu governo, além de evidenciar a sua relação com o projeto de Lula e com o próprio presidente”, avalia o deputado federal e líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida.

À frente das negociações pelo lado pedetista, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi que, segundo especula-se na imprensa, estaria atendendo a um pedido direto do presidente Lula, adiantou que, até a próxima segunda (24), o partido irá apresentar o nome do futuro secretário estadual de Ciência e Tecnologia. Em consonância, a comissão provisória do PDT na Bahia, onde ainda não há um diretório constituído, também deverá ser assumida por um grupo que concorde com os termos da adesão do partido. “O fundamental é que o PDT esteja no projeto nacional e no projeto da Bahia. Problemas internos, a gente tem que respeitar e procurar resolver. Mas a essência desse processo, o que temos que ressaltar, é a vinda do PDT para a base do governo Wagner”, destacou Almeida.

A adesão do partido soma-se à rede de articulações coordenada por Jaques Wagner desde a saída do PMDB da base aliada, que inclui ainda maior aproximação com o PP e o PSC. “Todas as forças que vêem para somar, trazem aritmeticamente, politicamente, mais convicção na vitória, porque qualquer projeto, para ser vitorioso, tem que ter a capacidade de atrair forças políticas. É isso que o governador está fazendo e, com esse movimento, a reeleição de Wagner sai com muita segurança”, apostou o deputado do PCdoB.

De Salvador,
Camila Jasmin