Nivaldo Santana assume presidência da CTB até 20 de setembro
O vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, ocupa em caráter provisório, até o dia 20 de setembro, a presidência da Central, no lugar de Wagner Gomes, licenciado para se dedicar às eleições do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Publicado 03/08/2010 09:38
Nivaldo entende que não haverá nenhuma mudança significativa durante o período em que exercerá o cargo de presidente da CTB. Ao falar das expectativas para os próximos meses, ele destacou as eleições de 3 de outubro e a necessidade de dar continuidade e maior visibilidade à Agenda da Classe Trabalhadora, documento aprovado por 30 mil trabalhadores na Conclat, realizada no último dia 1º de junho.
Confira abaixo a entrevista com Nivaldo Santana:
Portal CTB: Com que tarefa você assume a presidência da CTB até 20 de setembro?
Nivaldo Santana: Em primeiro lugar, o Wagner Gomes está licenciado durante o período eleitoral do Sindicato dos Metroviários, um período muito curto e por isso não haverá nenhuma mudança significativa das tarefas. Nós vamos apenas procurar cumprir o conjunto de atividades da CTB, de representação da presidência em reuniões e atividades, procurando manter a Central em seu ritmo normal de funcionamento.
Portal CTB: Esse período que se avizinha é muito rico, já que antecede as eleições de 3 de outubro. Como têm sido trabalhadas as articulações da CTB nesse aspecto?
Nivaldo: A CTB participou, ao lado da CUT, da Força Sindical, da Nova Central e da CGTB, da grande Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, com cerca de 30 mil trabalhadores, evento que aprovou uma agenda do movimento sindical e do conjunto dos trabalhadores para ser debatido nesse período de sucessão presidencial. Posteriormente a isso, a Direção Nacional da CTB deliberou apoiar formalmente a candidatura presidencial de Dilma Rousseff, por ver nela a candidatura que melhor se enquadra nessa agenda dos trabalhadores consensualmente aprovada na Conclat de 1º de junho.
Assim, a CTB orientou todas as suas CTBs estaduais no sentido de se incorporar à campanha e participar das atividades. Nós mesmos da CTB temos diversos candidatos a deputado federal e estadual, além do apoio a Dilma Rousseff e alguns senadores e governadores do campo progressista – candidaturas que se identificam com a plataforma dos trabalhadores.
Estamos, portanto, bastante empenhados, já que durante os próximos dois meses a batalha eleitoral é a principal atividade política do país – e os trabalhadores não podem se omitir em um momento como este.
Portal CTB: Em Caracas, há poucos dias, durante o 3º Encontro Sindical Nossa América, falou-se muito da necessidade de a classe trabalhadora sair de uma posição defensiva e partir para a ofensiva em nosso continente. Os trabalhadores brasileiros estão prontos para assumir essa postura?
Nivaldo: Boa parte dos governantes eleitos da América Latina tem-se colocado em um campo progressista — algo que tem favorecido a luta dos trabalhadores. No Brasil, após a vitoria do governo Lula, percebemos que a situação do país melhorou: há mais emprego, o salário mínimo tem tido aumentos acima da inflação, tendo agora seu maior valor real dos últimos 25 anos, a renda tem aumentado, a vida do povo tem melhorado. Nós, da CTB, desde nosso congresso de fundação, temos defendido para o país um projeto de desenvolvimento apoiado na defesa da valorização do trabalho, da soberania nacional, na integração solidária latino-americana e no progresso social — tudo isso com democracia.
A nossa opinião é a de que é fundamental em nosso país manter e aprofundar o ciclo progressista inaugurado pelo governo Lula, do qual participam amplas forças sociais e políticas. É, portanto, fundamental a unidade dos trabalhadores para que eles possam ter um maior protagonismo e uma ofensiva maior em defesa de suas demandas mais imediatas. Achamos que a unidade dos trabalhadores, tal qual vimos na Conclat, é um exemplo de que no Brasil a classe trabalhadora vem adquirindo, progressivamente, um maior protagonismo em relação às definições do rumo do país.
Portal CTB: Nesta semana você tem uma viagem marcada para Rondônia. Como a CTB está estruturada naquele estado? Qual o objetivo das atividades lá agendadas?
Nivaldo: Hoje a CTB já é a terceira central sindical brasileira em representatividade, segundo os critérios adotados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A CTB, em dois anos e sete meses de existência já está organizada em todos os estados brasileiros. Quando realizamos nosso segundo congresso, ele foi precedido de encontros em todos os 26 estados e no Distrito Federal.
Minha ida agora para Rondônia é para participar do Encontro da CTB estadual, quando discutiremos as deliberações da Conclat, a Agenda aprovada e também iremos debater uma maior estruturação da CTB naquele estado, bem como seu nível de organização. Nosso objetivo é contribuir para uma coesão maior do sindicalismo do estado de Rondônia em torno da CTB, além de aproveitar para contribuir na batalha presidencial, participando de atividades vinculadas à campanha de Dilma Rousseff e outras candidaturas comprometidas a esse mesmo projeto.
Portal CTB