Chávez critica ingerência dos EUA em assuntos da Venezuela
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rechaçou, nesta quarta-feira (15), a "ingerência dos Estados Unidos e suas tentativas de desestabilizar o país, estimulando a contrarrevolução interna". Ele criticou especialmente o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, que questionou a eventual aprovação da lei habilitante, que dará ao chefe de Estado venezuelano poderes especiais durante um ano.
Publicado 16/12/2010 09:46
"Crowley repete o discurso da ultradireita", declarou Chávez em resposta a às críticas do porta-voz, que afirmou em Washington que o presidente está "minando a vontade do povo da Venezuela". De acordo com ele, com projetos legislativos ante a Assembleia Nacional, o presidente venezuelano "parece estar encontrando novas e criativas maneiras de justificar poderes autocráticos", atacou.
Chávez disse que é uma mentira afirmar que ele atenta contra a vontade popular e voltou a explicar que solicitou uma lei habilitante ao Parlamento para governar com presteza ante a emergência provocada pelas fortes chuvas das últimas semanas na Venezuela. "É o império, suas ameaças e agressões permanentes, das quais temos que nos proteger", disse, durante um ato para celebrar os 11 anos da Constituição.
Segundo o governante, essas e outras iniciativas são necessárias para solucionar questões próprias da realidade venezuelana. "Também me parece importante a aprovação de uma lei que controle o financiamento externo, porqie sabotadores estão recebendo milhões de dólares para subvertir e isso não podemos permitir", apontou.
O Parlamento, de ampla maioria socialista, debate uma norma para evitar a repetição de maneira impune do provimento de dinheiro que o Estados Unidos vem fazendo para organizações opositoras venezuelanas empenhadas na desestabilização.
Chávez comentou ainda que as revelações do portal WikiLeaks deixam expostos os planos de Washington a respeito dos porcessos d emudança em andamento. "Têm toda uma opoeração contra nós, tratando de nos isolar, mas fracassaram e fracassarão", sentenciou.
Para ele, uma postura similar de ingerência e aubversão é aplicada contra outros países da região. "WikiLeaks demonstra a política de agressões, intrigas e cizânias que estão semeando na América", expôs.
Respondendo aos questionamentos norte-americanos, a representante da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez, lembrou que esta lei está prevista na Constituição. E disparou: "A agenda interna dos Estados Unidos está cheia de muitos desafios também e neste sentido instamos que deixem descansar o presidente Chávez e se ocupem mais de assuntos internos dos Estados Unidos".
Com agências