Brasil, Espanha e EUA: Paralisações atingem área esportiva
Meio legítimo do qual trabalhadores lançam mão para reivindicar aumento salarial, direitos ou mesmo para evitar perda de benefícios, a greve costuma se manter longe da esfera esportiva. Até porque, antes de chegarem a uma medida tão drástica, clubes ou atletas têm procuradores, agentes, advogados ou empresários para negociar seus interesses.
Publicado 20/08/2011 13:36
Mas isso não significa que o esporte esteja imune às paralisações. Neste momento, três delas estão em andamento no Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos. Em território espanhol, a greve atinge o campeonato nacional de futebol. A primeira rodada da temporada 2011/2012, marcada para este fim de semana, foi adiada porque os jogadores reivindicam um novo convênio coletivo. Nos EUA, a NBA, liga norte-americana de basquete, pode adiar seu início ou até mesmo ter a versão 2011/2012 cancelada.
Aqui no Brasil, a greve não envolve atletas nem clubes. Mesmo assim, afeta o esporte. Os operários que trabalham na obra de reforma do Maracanã para a Copa de 2014 resolveram cruzar os braços na última quarta-feira.
Em votação ontem de manhã, eles decidiram manter a paralisação. Dessa forma, os funcionários deverão ficar parados até, pelo menos, segunda-feira (22), quando o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro julgará o caso, em audiência marcada para as 11h.
Os trabalhadores conseguiram, na quinta-feira, o direito a um plano de saúde. Porém, desejam que o benefício seja estendido a seus familiares, além de pedirem um aumento da bolsa-alimentação de R$ 100 para R$ 300. O Consórcio Maracanã 2014 ofereceu uma melhoria de apenas 10% no valor, o que gerou irritação dos grevistas.
Além dos benefícios, os profissionais pedem melhorias na parte da segurança na obra.
NBA
No melhor basquete do mundo, a temporada 2011/2012 tem início previsto para outubro, mas pode nem ocorrer. A NBA, liga norte-americana, enfrenta o locaute, uma espécie de greve às avessas. Por falta de acordo financeiro, as equipes proíbem seus jogadores de trabalhar. Isso porque, o acordo trabalhista em vigor desde 2005, venceu em julho. Os donos das franquias querem uma drástica redução no teto salarial, mas o sindicato dos atletas não aceita.
Por conta do problema, a Federação Internacional de Basquete (Fiba) avisou que os jogadores com contratos com equipes da NBA poderão atuar por qualquer time, mas terão a obrigação de retornar às equipes de origem quando acabar o locaute.
Por enquanto, somente Deron Williams, do New Jersey Nets, acertou sua transferência para o Beskitas, da Turquia; e Leandrinho, do Toronto Raptors, fechou com o Flamengo.
Cinco vezes campeão da NBA, Kobe Bryant, armador dos Los Angeles Lakers, chegou a ser anunciado pelo presidente do Shanxi Zhongyu como novo reforço, mas pouco depois o site oficial do astro norte-americano negou.
Com Correio Braziliense