Cinco chapas inscrevem-se para eleição indireta em Campinas

A chapa da coligação PSB-PCdoB-PPS apresenta o vereador Arly de Lara Romêo (PSB) – para prefeito, e Fenando Vaz Pupo (PCdoB) – vice. Arly considera que um dos aspectos positivos da chapa é que como ambos não têm pretensões de concorrer em outubro isso garante um processo de transição seguro que atenda os interesses da população. Ele considera que a candidatura do atual prefeito representa a continuidade de um processo tumultuado, “pois há a possibilidade de ele concorrer novamente em outubro”.

Sobre a campanha, Arly afirmou que agora, após o registro da chapa, ”o trabalho é conversar com todos os vereadores” e que o plano de governo será definido nos próximos dias. Entretanto, ele considera que a saúde pública e a assistência social precisam de mudanças. O economista Fernando Pupo destacou que o plano de governo também deve levar em consideração as contas da prefeitura. “Como esse é o último ano de governo, a prefeitura não pode passar as contas do município com ‘restos a pagar’ acima de um determinado limite, assim além dos investimentos prioritários é necessário destinar uma parte dos recursos para deixar as finanças em dia”, afirmou.

André Von Zuben, presidente do PPS local, destacou a respeitabilidade da chapa e afirmou que “podem contar com o PPS para mobilização necessária ao êxito da chapa”. Durante as negociações da chapa, André teve seu nome cogitado para participar do pleito.

Acompanhado da vereadora Leonice da Paz (PDT), coube ao candidato à vice, Francisco Soares de Souza, registrar a chapa encabeçada pelo ex-presidente da Câmara e prefeito em exercício, Pedro Serafim (PDT). Para Francisco, a campanha é o trabalho que Serafim desenvolve na prefeitura desde que tomou posse no final de dezembro de 2011. Ele considera que “os vereadores já sabem o trabalho que o prefeito tem” e que isso é suficiente.

Questionada sobre a inscrição de outras chapas, a vereadora afirmou que há pouco tempo e que as outras “candidaturas só vêm tumultuar, e não seria viável o prefeito sair agora, pois a população perderia muito se trocássemos nesse momento o prefeito”. Leonice é do mesmo partido do ex-prefeito Hélio e votou pela sua cassação, num processo que levou a cidade a trocar o prefeito quatro vezes em um ano.

A surpresa coube às chapas registradas pelo PTC e PRTB. O secretário-geral do PTC, Adilson Alves Santiago, registrou a chapa que tem Vânia Cristina Boscolo e Nivaldo Baldo – candidatos a prefeita e vice. Adilson afirmou que é responsável apenas pela parte administrativa não podendo responder às questões formuladas pela imprensa. A chapa do PRTB tem o procurador da prefeitura José Ferreira Campinas Filho como candidato a prefeito e o advogado Alessandro Henrique de Oliveira, vice.

A chapa do PMN é composta pelo vereador Antônio Francisco (prefeito) e por José Muller Cruz (vice). Também conhecido por “o politizador”, o vereador considera que a cidade “está abandonada, faz um ano e o centro de Campinas está indesejável”. Sua candidatura é “para abrir um decidimento administrativo na cidade, porque todos que estão aí estão apenas preocupados em pleitos eleitorais”. Segundo ele a campanha será de averiguação, com base nos partidos pequenos, mas se “eles (os eleitores) acharem por bem continuar a mesma malandragem que está aí na cidade, não é culpa minha”. O candidato afirmou que não vai conversar com ninguém, pois os outros vereadores sabem que ele é candidato. O presidente do PMN/Campinas, Gilberto Prado, afirmou que o partido também terá candidato a prefeito em outubro.

Na sessão de hoje (05/03) será votado um requerimento do vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB) propondo a realização de um debate entre os candidatos a prefeito.

De Campinas: texto de Agildo Nogueira Junior e foto de Gil Caria.