Moradores do bairro Paraíso de Cima recebem Jonas Marins

Candidato percorreu as ruas do bairro e também visitou o assentamento onde
moram 137 famílias.

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 O candidato à prefeitura de Barra Mansa, pela Coligação Mudar Pra Ser
Feliz!, Jonas Marins (PCdoB) esteve no bairro Paraíso de Cima na manhã desta quarta-feira (05). Acompanhado de seu vice, Jorge Costa, de militantes e candidatos a vereador,
Jonas percorreu as ruas do bairro e visitou o assentamento onde moram
137 famílias. Ocupado há onze anos, o local não conta com o mínimo de
Infra-estrutura. Falta rede de esgoto (a maioria das casas tem fossa) e água e
luz chegam às casas de forma precária.

“Quando chove entra água dentro de casa e onde removeram a terra está
descendo muito barro. Quando venta é ainda pior, pois tira as telhas das casas.
A água que temos é da rua e a luz é gato. Rede de esgoto não tem, é fossa”,
contou a moradora Tatiana Pereira de Oliveira, de 30 anos. Ela, que tem quatro
filhos, contou que os moradores sofrem com esta situação e que esperam
ansiosos a conclusão das primeiras 42 casas que estão sendo construídas
próximas a área de posse.

Segundo Jonas Marins, “muitos já perderam a esperança desta obra ser
concluída. É que o projeto, que prevê a construção de 165 casas, foi lançado
em maio de 2010 pelo governo municipal e a previsão era de que as casas
fossem entregues em 18 meses, sendo concluídas em novembro de 2011. Mas
há um ano as obras estão paradas. As casas estão prontas, mas faltam as obras
de infra-estrutura, entre elas o principal, que são as redes de água e de esgoto,
que deviam ter sido feitas antes das casas”.

“Hoje nossa situação está muito melhor do que quando chegamos, mas isso
graças aos próprios moradores. Se temos luz e água, foi porque colocamos.
O que falta agora é termos nossas casas. O problema é que tem político que
só vem na época da eleição, depois que passa não vem ninguém ter pena da
gente”, disse a dona de casa Jaquelina Fátima Silva, de 37 anos, e que há dez
anos mora na área de posse.

Grávida de seis meses, a dona de casa Clícia Beatriz Gomes, de 22 anos,
espera poder oferecer um futuro digno para seu bebê. “Nossa situação está
muito complicada, tem dia que nem água temos. Acho que ainda vai demorar
muito tempo para essas casas ficarem prontas”, disse, acrescentando que os
moradores do assentamento também sofrem com o preconceito na hora de
arrumar emprego. “Somos muito discriminados. Quando a pessoa sabe que
somos do ‘sem terra’ não dá serviço”, contou.

A manicure Ana Miguel da Silva, de 29 anos, que mora há quase dez anos
na área de posse, contou que alguns moradores, inclusive, já foram embora,
pois perderam a esperança. “Acho que essas casas não vão sair não, pois
era para terem ficado prontas no final do ano passado”, disse. Segundo ela,
além da habitação os moradores do bairro também enfrentam problemas na
área da saúde. “Para conseguir uma consulta preciso ir para a fila antes das 7
horas, sendo que a médica só chega 9h30 e só começa a atender às 10 horas.