Bancários indicam greve por tempo indeterminado para o dia 18/9

Em negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), desde o último dia 7 de agosto, sem avanços, os bancários de todo o Brasil cansaram do descaso durante o processo de negociação e, depois da rodada realizada nesta terça-feira (04/09), decidiram indicar greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 18.

As empresas insistiram no índice de 6% de reajuste salarial, enquanto a categoria exige 10,25%, (a inflação mais 5% de aumento real). Além da postura intransigente em relação às cláusulas econômicas, a Federação dos Bancos negou todos os itens da minuta até agora.
Conhecidos pela intensa mobilização e unidade durante todo o movimento, mais forte a cada ano, os bancários decidiram iniciar os preparativos para a realização de greve nacional, na tentativa de pressionar os bancos a atenderem as reivindicações.

Os bancários reivindicam também melhores condições de trabalho, respeito à jornada de trabalho e o fim do assédio moral, que a cada dia acomete mais bancários de doenças ocupacionais. Além dos direitos do trabalhador, a categoria luta por benefícios para a sociedade, como mais contratações para que possa ser oferecido um serviço de qualidade; pela redução dos e juros e das taxas cobradas dos clientes e por mais investimento em segurança nas agências.

Na próxima semana será realizada assembleia para a declaração da greve e no próximo dia 17/09 outra para a deflagração da paralisação por tempo indeterminado. Para Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, infelizmente, como sempre, a falta de respeito dos empresários acaba obrigando os trabalhadores a irem a greve para garantir seus direitos.

Ano passado, a Bahia realizou a maior greve dos últimos 20 anos em número de agências paradas. Foram quase 750 unidades com as portas fechadas durante 21 dias de paralisação em todo o estado. Em Salvador, quase 100% das instituições financeiras deixaram de funcionar durante este período, comprovando o comprometimento dos bancários com a causa.

De Salvador,
Maiana Brito