Farc denunciam monopolização da terra por transnacionais 

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) denunciaram, nesta sexta-feira (18), a monopolização da terra na Colômbia pelas transnacionais e a utilização dos alimentos para fazer combustível ao invés de serem usados para resolver problemas de desnutrição e fome.

Andrés Paris - Farc

O guerrilheiro Andrés París leu um comunicado, dizendo que na Colômbia estão utilizando produtos agrícolas como a beterraba e a cana de açúcar para produzir etanol. 

Leia também:
Presidente colombiano admite referendo sobre acordos de paz

Neste sentido, a guerrilha manifestou que é “incongruente com os problemas sociais do país (…) resulta que os produtos agrícolas não são para resolver problemas de desnutrição e de fome, mas que a ideia da agroindústria consiste em gerar agrocombustível para alimentar carros e aviões”.

As Farc destacam no texto que os negócios com multinacionais não estão orientados na alimentação de 12% da população que sofre de desnutrição, nem para evitar que cinco mil crianças morram de fome anualmente no país, “são para encher os bolsos”.

Recentemente, o titular colombiano de Agricultura, Juan Camilo Restrepo, assegurou que haverá mais regulamentação para as transnacionais. Contudo, a estadunidense Cargill iniciou um projeto de produção de cereais que contempla 90 mil hectares.

Andrés París destacou que o tema da Assembleia Nacional Constituinte é de suma importância para o país, porque estão preparando uma resposta para o governo que será entregue nos próximos dias.

No início da semana a insurgência apresentou uma proposta de reforma rural e agrária de um enfoque socioambiental, democrático e participativo. Segundo explicaram seus membros, a iniciativa surgiu do estudo dos critérios emitidos pelos colombianos através dos instrumentos facilitados pela mesa de conversas.

Veja o especial do Vermelho sobre os Diálogos de Paz aqui

Fonte: TeleSur