Farc sugerem iniciativas de participação social para a Colômbia
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) propuseram ao governo colombiano, nesta terça-feira (26), algumas iniciativas para a participação social e popular na política pública e no planejamento do país. As partes participam da décima terceira rodada dos diálogos pelo fim do conflito armado em Havana (Cuba).
Publicado 27/08/2013 15:04

Em comunicado lido pelo negociador Ricardo Téllez, as Farc incentivam a criação do Conselho Nacional de Política Pública Democrática e Participativa na Colômbia que, segundo o grupo, deve garantir a soberania nacional, tendo em vista os interesses dos menos favorecidos, priorizando o bem-estar e a materialização dos direitos consagrados constitucionalmente.
De acordo com texto, além da representação dos poderes Executivo e Legislativo, o conselho deve ter a participação de grêmios econômicos, trabalhadores organizados e comunidades. As Farc desejam que os setores menos favorecidos participem de todo o processo: elaboração, discussão, aprovação e execução em todos os níveis.
Prestação de contas
O grupo sugeriu também a criação de uma auditoria especial, integrada por especialistas nacionais e internacionais, que deve se pronunciar sobre a legitimidade histórica da dívida pública. Neste sentido, deve ser criada ainda uma Comissão de seguimento de decisões da política monetária e cambiária.
O documento pede a ampliação da conformação do Conselho Nacional de Política Econômica e Social, máxima autoridade de planejamento, com a incorporação de representantes dos trabalhadores, camponeses, indígenas e afrodescendentes. “Assim deve ser também no Conselho Superior de Política Fiscal e, no caso da junta diretiva do Banco da República, ao menos um de seus integrantes deve ser eleito democraticamente”, acrescenta o grupo guerrilheiro.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina