Eleições no Peru: Keiko Fujimori pode sair da disputa
A candidata à presidência do Peru, Keiko Fujimori, espera a decisão definitiva do Tribunal Nacional de Eleições (JNE, pela sigla em espanhol) sobre os pedidos de impugnação de sua candidatura. O processo eleitoral acontece no próximo dia 10 de abril. As denúncias alegam que a filha do ditador Alberto Fujimori violou as regras eleitorais ao presentear eleitores com brindes e “ajudas econômicas”.
Publicado 28/03/2016 15:50

A expectativa é que as denúncias sejam analisadas e o Tribunal Eleitoral Especial (JEE) apresente uma decisão nos próximos dias. A doação de brindes e favores eleitorais são proibidos segundo o Tribunal Eleitoral, e as denúncias apontam que Keiko utilizou estes métodos em sua campanha. Ela é a primeira colocada nas pesquisas de intenção de votos.
Keiko se defende e afirma que a as denúncias de fraude eleitoral contra ela são “irresponsáveis” e trata-se de um “apelo” para tirá-la da disputa.
Outro candidato, César Acuña, foi tirado da disputa há 15 dias acusado de “entrega de recursos” durante a campanha. Que ele justificou como “presentes” aos eleitores.
Protestos
Estão marcadas uma série de manifestações contra Keiko no próximo dia 5 de abril, data que marca os 24 anos do “autogolpe” de Estado cometido pelo pai da candidata, o ditador Alberto Fujimori.
Na época, Fujimori dissolveu o Parlamento e interveio no Poder Judicial. Atualmente ele cumpre sentença de 25 anos de prisão por crimes de lesa humanidade e corrupção.
Nas eleições, que acontecerão no dia 10, cerca de 23 milhões de peruanos vão às urnas eleger um novo presidente, dois vice-presidentes, 130 deputados e cinco representantes do Parlamento Andino.