Oposição de direita já iniciou a corrida por 2014

A oposição conservadora de direita brasileira não se dá por vencida depois de três sucessivas derrotas e sabe que não será fácil derrotar a presidenta Dilma Rousseff em sua corrida pela reeleição em outubro do próximo ano. Porém já iniciou o jogo baixo visando descontruir a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atingir em cheio a da Presidenta da República.

Para evitar um dos erros passados, a cúpula tucana neoliberal, tendo à frente o Coisa Ruim (FHC), já lançou a candidatura do senador e ex-governador mineiro Aécio Neves. Eles alegam que a demora do ex-prefeito paulistano José Serra em confirmar sua candidatura à Presidência em 2010 foi um dos motivos da sua derrota. Aliás, Zé Bolinha de Papel já foi escanteado e já fala até em trocar de partido para viabilizar a sua candidatura em 2014 se lhe for negada legenda no PSDB.

O terrorismo midiático utilizado em todas as campanhas de Lula e de Dilma em anos eleitorais (1989, 1994, 1998, 2002 , 2006 e 2010) agora foi antecipado em dois anos. Como foi desmascarado, o aborto não mais será tema de campanha, saiu definitivamente da agenda, mas isto não quer dizer que outros jogos sujos não sejam utilizados. Aliás, já teve início desde o ano passado com o espetáculo midiático da Ação 470, chamado de mensalão, que objetivava a derrota dos candidatos petistas em todo o País.

O tiro saiu pela culatra, pois a opinião pública não foi contaminada pelo julgamento de exceção. A derrota do PT em Recife e Fortaleza se deu por motivos outros: na capital pernambucana os petistas entraram num processo autofágico, e na capital cearense em função do desastre administrativo e sectarismo político da então prefeita Luizianne Lins (DS). Nada a ver com mensalão.

Mancomunada com a mídia internacional – representante do grande capital e do rentismo – a velha mídia conservadora, venal e golpista brasileira abriu as baterias contra a política econômica da presidente Dilma. O jornal The Economist, do Reino Unido, chegou a pedir, no ano passado, a exoneração do ministro da fazenda Guido Mantega, com grande repercussão na imprensa nativa. Querem os rentistas tupiniquins e internacionais e o demotucanato o retorno dos juros altos, do arrocho fiscal e do câmbio flutuante, tripé utilizado por eles para travar o desenvolvimento do Brasil, responsável por mais uma década perdida.

O argumento dos neoliberais tucanos é que a política econômica de Dilma fará retornar a espiral inflacionária, e fica repetindo isso à exaustão. O “pibinho” do ano passado também tem sido criticado pelos neoliberais como se nos oito anos de desgoverno deles o PIB tivesse tido um desempenho pelo menos razoável.
Agora o terrorismo encetado pela oposição conservadora de direita, através dos colonistas e demais amestrados da velha mídia é a iminência de um apagão elétrico. Os “apagões” pontuais têm sido superdimensionados e o terrorismo só aumenta, mesmo com a garantia do governo de que está afastada completamente a possibilidade de um apagão. As termelétricas já estão garantindo o fornecimento de energia elétrica em função da baixa reserva hídrica que, por sinal, já estão retornando à normalidade nas regiões Sul e Sudeste com as boas chuvas que vêm caindo nos últimos dias.

O ano de 2013 será fundamental para o avanço das mudanças iniciadas em 2003 com o presidente Lula. Com o capital político que desfruta – o maior de toda a República desde Deodoro – a presidenta Dilma precisa enfrentar com coragem e confiando na força das ruas as reformas que a Nação reclama, como as agrárias e urbana, a tributária para que os ricos passem a pagar impostos, e sobretudo a regulação da mídia com a democratização da comunicação.

A juventude – através das suas entidades mais representativas como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União da Juventude Socialista (UJS), Juventude Trabalhista dentre outras -, os trabalhadores, através dos seus sindicatos e centrais sindicais, e o povo em geral precisam ser mobilizados para garantir os avanços e, principalmente, evitar o retrocesso.

Os inimigos do Brasil e dos trabalhadores brasileiros ainda sonham em completar o desmonte do Estado e entregar ao capital monopolista-financeiro nacional e principalmente internacional a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e outras empresas estratégicas que eles não conseguiram entregar até 2002.

Para atingir mais esse crime de lesa-pátria, a oposição conservadora de direita vai usar mais ainda a sua velha mídia e seus amestrados para encetar mais e mais campanhas difamatórias e fomentar mais engodos. A batalha vai se dar diuturnamente, sete dias por semana, 30 dias por mês e 365 dias por ano.

As forças vivas da Nação precisam estar alertas e prontas para o enfrentamento com os apátridas de todos os matizes, enfrentar com determinação a ditadura midiática e radicalizar na democratização e na defesa dos avanços conquistados nos últimos dez anos.

A oposição conservadora de direita já botou seu bloco na rua e iniciou a campanha sucessória presidencial de 2014. O GAFE – Globo, Abril, Folha e Estadão – continua editorializando todos os seus espaços a serviço do retrocesso.

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