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Brasil se destaca com 30 universidades que mais pesquisam. USP é a 7a.

Universidade paulista se destacou também como a sétima com maior impacto entre melhores pesquisas e a terceira com maior produção feminina.

Brasil tem 30 universidades destacadas entre as que mais pesquisam no mundo.

A USP é a sétima universidade que mais produz pesquisa no mundo segundo ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês) da Universidade de Leiden, na Holanda, e divulgado no dia 8 de julho. O Brasil consta com 30 escolas que mais se destacam em produção de pesquisa no mundo.

A classificação avalia a pesquisa acadêmica produzida pelas instituições e leva em consideração a produção científica publicada na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela empresa Clarivate Analytics. Nesta edição, foram ranqueadas 1.176 universidades de 65 países.

A USP, que subiu uma posição em relação ao ano passado, é a única instituição latino-americana a figurar entre as 100 melhores do mundo. As demais universidades brasileiras mais bem avaliadas são a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na 137ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 178ª; e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 195ª posição.

“Todas as avaliações internacionais têm suas diretrizes e seu viés e a análise dos resultados deve sempre se atentar a esses fatos. No caso da avaliação de Leiden, a um leitor desatento, pode parecer que a preocupação é exclusivamente quantitativa e, nesse quesito, a USP é uma grande produtora de conhecimento, a sétima do mundo. No entanto, não é somente na quantidade que nossa Universidade se destaca. Tivemos a mesma classificação no impacto científico, portanto, além de quantidade, também temos qualidade. O que me deixou também muito satisfeito como dirigente é a evolução da Universidade em itens muito importantes para o momento que estamos vivendo: o aumento da colaboração científica, o crescimento do número de artigos científicos com livre acesso e o destaque da diversidade de gênero entre os autores dos artigos”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

Diversidade de gênero

Neste ranking, além da classificação geral, foram analisados os indicadores das instituições no período de 2015 a 2018 em quatro vertentes: impacto científico, colaboração (interinstitucional, internacional e com a indústria), artigos publicados na modalidade de acesso aberto e diversidade de gênero (número de autorias masculinas e femininas).

No quesito impacto científico, a USP ficou na sétima posição, à frente de instituições como Johns Hopkins, Stanford, Oxford e Cambridge. Do total de 17.855 artigos publicados no período, 44% estão entre os 50% melhores do mundo em suas respectivas áreas do conhecimento.

Em relação ao item colaboração, que avalia as parcerias interinstitucionais, internacionais e com a indústria para a produção de artigos, a USP aparece na 13ª colocação.

Essa também foi a classificação da Universidade na análise dos artigos publicados na modalidade de acesso aberto, que se refere à disponibilidade e à gratuidade de acesso por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas científicas, sendo uma alternativa ao modelo tradicional de publicação que restringe o acesso ao conteúdo por meio de assinaturas pagas.

Outro aspecto avaliado foi o número de artigos publicados por gênero, dimensão na qual a USP ficou na terceira posição, atrás da Universidade de Harvard e da Universidade de Toronto. O indicador analisa o número de mulheres autoras de artigos da universidade e sua proporção em relação ao total de autores.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto, “a USP tem mostrado um crescimento fantástico nos últimos anos. É uma universidade que sozinha produz tanto quanto um país inteiro, equivalente à Argentina ou Chile, por exemplo. Esse ranking mostra exatamente o que já vínhamos observando. Um crescimento da quantidade e também da qualidade. Mas os esforços devem continuar para aumentar sua visibilidade e impacto, valorizando os trabalhos de qualidade”.

Avaliação das áreas

O ranking elaborado pelo CWTS também avalia o impacto científico, o nível de colaboração, o número de artigos publicados na modalidade de acesso aberto e artigos publicados por gênero em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde, Ciências da Terra e da Vida, Matemática e Ciências da Computação, Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades.

Em relação à avaliação do ano passado, as áreas de Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades registraram melhora em todos os indicadores. Confira, na tabela a seguir, as posições alcançadas pela USP em cada uma delas.

Veja as 30 universidades brasileiras destacadas no ranking, com colocação e número de publicações:

7 Univ São Paulo 17855
137 Univ Estadual Paulista 6754
178 Univ Campinas 5931
195 Fed Univ Rio Grande do Sul 5699
231 Univ Fed Rio de Janeiro 5032
274 Univ Fed Minas Gerais 4460
445 Univ Fed São Paulo 3009
460 Univ Fed Santa Catarina 2927
525 Univ Fed Paraná 2458
582 Fed Univ Pernambuco 2178
620 Fed Univ São Carlos 2012
626 Univ Brasília 1992
652 Fed Univ Santa Maria 1880
676 Univ Fed Viçosa 1771
685 Univ Fed Ceará 1743
686 Univ Fed Fluminense 1740
734 Fed Univ Rio Grande do Norte 1606
796 State Univ Maringá 1461
828 Univ Fed Goiás 1363
853 Univ Fed Bahia 1304
858 Rio de Janeiro State Univ 1298
935 Fed Univ Paraíba 1153
937 Univ Fed Uberlândia 1153
959 Fed Univ Pelotas 1116
973 Fed Univ Para 1070
981 Londrina State Univ 1058
1021 Fed Univ Lavras 985
1065 Fed Univ Mato Grosso 917
1069 Univ Fed Espírito Santo 912
1142 Univ Fed Juiz de Fora 830

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