Brasil se destaca com 30 universidades que mais pesquisam. USP é a 7a.
Universidade paulista se destacou também como a sétima com maior impacto entre melhores pesquisas e a terceira com maior produção feminina.
Publicado 13/07/2020 21:30 | Editado 14/07/2020 00:43

A USP é a sétima universidade que mais produz pesquisa no mundo segundo ranking elaborado pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS, na sigla em inglês) da Universidade de Leiden, na Holanda, e divulgado no dia 8 de julho. O Brasil consta com 30 escolas que mais se destacam em produção de pesquisa no mundo.

A classificação avalia a pesquisa acadêmica produzida pelas instituições e leva em consideração a produção científica publicada na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela empresa Clarivate Analytics. Nesta edição, foram ranqueadas 1.176 universidades de 65 países.
A USP, que subiu uma posição em relação ao ano passado, é a única instituição latino-americana a figurar entre as 100 melhores do mundo. As demais universidades brasileiras mais bem avaliadas são a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na 137ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 178ª; e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 195ª posição.
“Todas as avaliações internacionais têm suas diretrizes e seu viés e a análise dos resultados deve sempre se atentar a esses fatos. No caso da avaliação de Leiden, a um leitor desatento, pode parecer que a preocupação é exclusivamente quantitativa e, nesse quesito, a USP é uma grande produtora de conhecimento, a sétima do mundo. No entanto, não é somente na quantidade que nossa Universidade se destaca. Tivemos a mesma classificação no impacto científico, portanto, além de quantidade, também temos qualidade. O que me deixou também muito satisfeito como dirigente é a evolução da Universidade em itens muito importantes para o momento que estamos vivendo: o aumento da colaboração científica, o crescimento do número de artigos científicos com livre acesso e o destaque da diversidade de gênero entre os autores dos artigos”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

Diversidade de gênero
Neste ranking, além da classificação geral, foram analisados os indicadores das instituições no período de 2015 a 2018 em quatro vertentes: impacto científico, colaboração (interinstitucional, internacional e com a indústria), artigos publicados na modalidade de acesso aberto e diversidade de gênero (número de autorias masculinas e femininas).
No quesito impacto científico, a USP ficou na sétima posição, à frente de instituições como Johns Hopkins, Stanford, Oxford e Cambridge. Do total de 17.855 artigos publicados no período, 44% estão entre os 50% melhores do mundo em suas respectivas áreas do conhecimento.
Em relação ao item colaboração, que avalia as parcerias interinstitucionais, internacionais e com a indústria para a produção de artigos, a USP aparece na 13ª colocação.
Essa também foi a classificação da Universidade na análise dos artigos publicados na modalidade de acesso aberto, que se refere à disponibilidade e à gratuidade de acesso por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas científicas, sendo uma alternativa ao modelo tradicional de publicação que restringe o acesso ao conteúdo por meio de assinaturas pagas.
Outro aspecto avaliado foi o número de artigos publicados por gênero, dimensão na qual a USP ficou na terceira posição, atrás da Universidade de Harvard e da Universidade de Toronto. O indicador analisa o número de mulheres autoras de artigos da universidade e sua proporção em relação ao total de autores.
Para o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto, “a USP tem mostrado um crescimento fantástico nos últimos anos. É uma universidade que sozinha produz tanto quanto um país inteiro, equivalente à Argentina ou Chile, por exemplo. Esse ranking mostra exatamente o que já vínhamos observando. Um crescimento da quantidade e também da qualidade. Mas os esforços devem continuar para aumentar sua visibilidade e impacto, valorizando os trabalhos de qualidade”.
Avaliação das áreas
O ranking elaborado pelo CWTS também avalia o impacto científico, o nível de colaboração, o número de artigos publicados na modalidade de acesso aberto e artigos publicados por gênero em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde, Ciências da Terra e da Vida, Matemática e Ciências da Computação, Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades.
Em relação à avaliação do ano passado, as áreas de Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades registraram melhora em todos os indicadores. Confira, na tabela a seguir, as posições alcançadas pela USP em cada uma delas.
Veja as 30 universidades brasileiras destacadas no ranking, com colocação e número de publicações:
7 | Univ São Paulo 17855 | |
137 | Univ Estadual Paulista 6754 | |
178 | Univ Campinas 5931 | |
195 | Fed Univ Rio Grande do Sul 5699 | |
231 | Univ Fed Rio de Janeiro 5032 | |
274 | Univ Fed Minas Gerais 4460 | |
445 | Univ Fed São Paulo 3009 | |
460 | Univ Fed Santa Catarina 2927 | |
525 | Univ Fed Paraná 2458 | |
582 | Fed Univ Pernambuco 2178 | |
620 | Fed Univ São Carlos 2012 | |
626 | Univ Brasília 1992 | |
652 | Fed Univ Santa Maria 1880 | |
676 | Univ Fed Viçosa 1771 | |
685 | Univ Fed Ceará 1743 | |
686 | Univ Fed Fluminense 1740 | |
734 | Fed Univ Rio Grande do Norte 1606 | |
796 | State Univ Maringá 1461 | |
828 | Univ Fed Goiás 1363 | |
853 | Univ Fed Bahia 1304 | |
858 | Rio de Janeiro State Univ 1298 | |
935 | Fed Univ Paraíba 1153 | |
937 | Univ Fed Uberlândia 1153 | |
959 | Fed Univ Pelotas 1116 | |
973 | Fed Univ Para 1070 | |
981 | Londrina State Univ 1058 | |
1021 | Fed Univ Lavras 985 | |
1065 | Fed Univ Mato Grosso 917 | |
1069 | Univ Fed Espírito Santo 912 | |
1142 | Univ Fed Juiz de Fora 830 |