Waldir Grisolia Júnior, o Age, criou 18 grafites em salas de aula e oito painéis externos numa escola pública de São Paulo
Publicado 03/02/2021 23:33 | Editado 03/02/2021 23:34
Graças aos grafiteiros Waldir Grisolia Júnior e Ednaldo Otoni, os alunos da Escola Estadual Ruy de Mello Junqueira terão companhias de peso quando voltarem às aulas. É que as salas e os muros desse colégio da Cidade Tiradentes, bairro da zona leste de São Paulo, foram pintados com grafites de figuras como a escritora Carolina Maria de Jesus, o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela a o rapper Emicida.
Criador do projeto “Grafite nas Escolas”, Waldir Grisolia Júnior, o Age, tem 39 anos, sendo 20 como grafiteiro. Seus trabalhos podem ser acompanhados no Instagram (@ageacavisual). A escola pública da Cidade Tiradentes que recebeu os grafites é a terceira onde Age intervém com sua arte.
Lá, foram 26 trabalhos: 18 grafites em salas de aula e oito painéis externos. A eclética lista de homenageados inclui o líder indiano Mahatma Gandhi, o ator Grande Otelo e o tenista Gustavo Kuerten. Um painel especial também prestou tributo às enfermeiras e aos profissionais de saúde, pelo combate à pandemia de Covid-19.
Segundo Rosângela Simões, diretora da Escola Estadual Ruy de Mello Junqueira, a verba para grafitar o colégio partiu do governo paulista. Era um recurso destinado a “melhorias” no equipamento. Inicialmente, Rosângela pensou em convidar os próprios alunos para pintar a escola – mas a pandemia e o distanciamento social mudaram os planos. De qualquer maneira, os estudantes tiveram participação decisiva. “Eles escolheram, deram a dica dos artistas e as pinturas”, afirma a diretora.
Em 2019, Age, o grafiteiro, pintou a fachada do Método Medicina Pré-Vestibular, em Florianópolis (SC), em uma campanha para a doação de sangue. Já no ano passado, ele deixou sua marca registrada no prédio do Centro de Atenção ao Colaborador (CeAC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Em outra homenagem aos brasileiros que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia, o artista retratou os profissionais de saúde como super-heróis.
Da Redação, com agências