Agora é votar

Todos aprendemos na vida que as conseqüências sempre vêm depois. E esta semana, em Brasília, confirmou o aprendizado.

Depois da estrondosa jornada do dia 28 de maio que, de maneira unitária, efetiva, maciça, ordeira e em todo o Brasil, demonstrou a vontade unânime dos trabalhadores em favor da redução constitucional da jornada de trabalho sem redução de salários, toda a atenção se voltou para o próximo passo.


 


E o próximo passo foi o que foi: a cerimônia de entrega, ao Congresso Nacional, dos milhões de assinaturas recolhidas nos abaixo-assinados de apoio à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PC do B-CE), que reduz a jornada semanal para 40 horas.


 


Na terça-feira, 3 de junho, ocorreu o evento. Foram à Brasília mais de mil dirigentes e ativistas sindicais que, em fila indiana onde se alternavam as camisetas de todas as centrais sindicais participantes, fizeram chegar como uma esteira rolante à mesa da Câmara as mais de 1 milhão e 800 mil assinaturas e depois encheram o próprio salão nobre em uma reunião inusitada e inédita: audiência pública em defesa da redução da jornada. Toninho do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), convidado de honra, dirigiu aos presentes a palavra de quem acredita, com conhecimento de causa, na possibilidade de vitória.


 


Depois, os dirigentes foram recebidos pelo presidente do Senado que lhes prometeu o rápido andamento das votações.


 


A jornada do dia 3 foi a conseqüência natural das manifestações ocorridas desde o início do ano, em particular a estrondosa jornada nacional de lutas do dia 28 de maio.


 


Agora é votar.

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