As três lutas do povo brasileiro
Bolsonaro é considerado o pior Presidente de todos os países no enfrentamento a pandemia mundial, na opinião da quase totalidade dos líderes do planeta
Publicado 21/07/2020 17:24

Vivemos um dos momentos mais difíceis da história de nosso país para os trabalhadores, uma luta em três dimensões para o nosso povo. A luta pela vida, pela nossa democracia e pelos direitos. Essas são as bandeiras que devolverão a esperança para todos os brasileiros e brasileiras.
A luta pela vida, que a Covid 19, infelizmente, já nos tirou mais de 80 mil brasileiros e brasileiras. Essa luta não conta com a ajuda do Presidente da República. Jair Bolsonaro, pelo contrário, desdenhou da doença, ironizou seus efeitos, receitou remédio sem base científica, incentivou aglomerações, descumpriu orientações de seu próprio Ministério da Saúde e rompeu o isolamento social, servindo de mau exemplo para milhões de pessoas. Por fim, testou positivo para o novo coronavírus, colocando todos ao seu redor em perigo.
Por suas atitudes, Bolsonaro é considerado o pior Presidente de todos os países no enfrentamento a pandemia mundial, na opinião da quase totalidade dos líderes do planeta. Há dois meses sequer tem um Ministro da Saúde. Uma luta épica do povo brasileiro, liderados por alguns governantes que enfrentam o Presidente, pelos profissionais de saúde que estão dando suas vidas às centenas e pelo povo que busca preservar sua vida e manter suas condições de renda simultaneamente.
Bolsonaro pagará caro por essa posição. O Congresso Nacional aprovou diversas medidas, algumas delas lideradas e relatadas pelo camarada do PCdoB, deputado federal Orlando Silva, e o Governo sempre criando obstáculos para a efetivação, como a ajuda aos Estados e Municípios e as pequenas e médias empresas, além do auxílio emergencial aprovado em R$600,00, pela oposição.
A segunda luta é a defesa da democracia, constantemente ameaçada pelo clã familiar do Presidente, setores militares e ideólogos fascistas. O mundo olha assustado a nossa grande nação, que sempre foi exemplo de diplomacia mundial, mesmo nos períodos mais tristes de nossa história a nossa diplomacia foi altiva, independente e invejável. Hoje nosso país ataca outras nações e povos. Altas autoridades do Brasil atacam árabes, venezuelanos, cubanos, russos, chineses, africanos. Abaixa-se a posição servil aos Estados Unidos, como um lacaio.
Internamente passa-se o tempo todo atacando o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal – STF, os partidos, as esquerdas e nós comunistas. Uma ampla frente de salvação nacional defendida pelo PCdoB vai se configurando, como no movimento Janelas Pela Democracia, Somos 70% e o Direitos Já, que realizou o mais amplo ato da história recente do país.
A terceira luta é contra a retirada dos direitos dos trabalhadores. Nesta luta nosso leque de alianças é mais estreito. Temos enfrentado ataques cotidianos e as nossas bancadas comunistas nos parlamentos, nossos sindicalistas nas redes e nas ruas, e a nossa aguerrida militância vem enfrentando de cabeça erguida. No período de 4 anos tivemos a PEC da morte, a reforma trabalhista, a reforma da previdência além de ataques a organização dos trabalhadores que levam hoje quase metade de nossa população economicamente ativa ao desemprego e desalento, sem direitos nem renda.
Em Minas Gerais fomos surpreendidos pelo Governo ultraliberal de Zema ao apresentar, em plena pandemia, a proposta de reforma da previdência. Uma reforma que une o ultraliberalismo na retirada dos direitos dos servidores públicos, com o desmantelamento do tecido de proteção social dos servidores públicos e a destruição de suas instituições como o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais – IPSEMG.
Com a luta dos deputados de oposição forçamos o Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais a suspender a tramitação da reforma e convocar um seminário, que ocorreu durante 4 dias na ALMG. Mas a correlação de forças na Casa ainda é desigual para a luta dos trabalhadores. Vamos buscar, como nossa bancada no Congresso Nacional, minorar danos, preservar o máximo de direitos. Não deixarei a minha digital nem a do nosso partido em proposta que fira os interesses do Estado e dos servidores.
Portanto quero chamar a todas e todos para essas bandeiras que podem devolver a esperança do nosso povo, a pela luta pela vida, pela democracia e pelos direitos. É vital para nós nesse momento.
Também é importante disputarmos a eleição de 2020 levando essas bandeiras para o debate público, com o olhar em 2022, eleição vital para a organização do PCdoB. Devemos projetar lideranças em cada cidade para compor chapas vitoriosas que ampliem nossos espaços na ALMG, que retomemos a cadeira dos comunistas mineiros no Congresso Nacional, assim, contribuindo na superação da cláusula de barreira e que ainda possamos jogar um papel decisivo na eleição presidencial de 2022.