Eleições no Sintetel

As eleições nos prazos estatutários são momentos democráticos de renovação, fortalecimento e legitimação das diretorias sindicais. É isto que se passa nas eleições no Sintetel, em São Paulo, previstas para a segunda semana de outubro.

Com chapa única, em que participam trabalhadores de mais de 20 empresas (operadoras fixas, operadoras móveis, telecentros e prestadoras de serviços) a chapa tem uma renovação de 60% em seus componentes e se aproxima, com seu perfil, da estrutura atual da categoria.


 



Há 30% de mulheres (porcentagem a que se chegou não pela aplicação burocrática de cotas, mas pelo mérito e presença femininas) e uma delas é indicada para a direção executiva.


 


Há preponderância de jovens que hoje compõem a maioria dos profissionais. E há maior coesão em torno do núcleo experiente que, enfrentando o terremoto da privatização, fez aumentar em 50% o número de associados e garantiu a formação sindical OSLT (Organização Sindical no Local de Trabalho) para mais de três mil ativistas transformando o Sindicato no maior da América Latina em seu setor e em um dos maiores do mundo.


 


 


Segundo a comparação feita pelo grande jornalista José Luiz Passos Jorge (que acompanha a trajetória sindical dos telefônicos desde sempre) as eleições são como pouso, para reabastecimento e tomada de passageiros, de um grande Boeing que deve ser sempre pilotado por equipes experientes. A campanha eleitoral é a decolagem para o novo trecho da viagem.


 


 


É preciso encher o tanque (votação maciça), reacomodar as pessoas (renovação da diretoria) e reiniciar a viagem com rota definida (programa a ser executado).
A atual direção conta, em seu ativo, com muitos atributos positivos; os números divulgados são eloqüentes nas mais variadas áreas: filiações, reivindicações, campanhas, mobilizações, greves, acordos, serviços prestados pelo sindicato, trabalho com aposentados, mulheres e jovens, saúde e segurança, imprensa e internet.


 


 


Mesmo com chapa única, a curta campanha e a votação maciça marcarão o grau de confiança e de legitimidade da nova equipe e trarão a garantia de continuidade dos avanços e das conquistas enfrentado as dificuldades e mantendo a unidade do sindicato.

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