Metalúrgicos fortes

Como havia anunciado aqui, os metalúrgicos dos setores automobilístico e siderúrgico, organizados na Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), filiada à Força Sindical e na Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), filiada à CUT rea

A pauta comum defendeu o contrato coletivo nacional articulado, a unificação das datas-bases em todo país (para setembro), a unificação do piso profissional nacional (para R$ 1.300), a redução da jornada para 40 horas semanais (sem redução de salário e com alívio fiscal para as empresas) e combateu a terceirização.


 



Em um balanço criterioso, as paralisações de até quatro horas em 81 fábricas abrangeram quase 200 mil metalúrgicos em dez Estados. Foi a maior, mais expressiva, mais unitária e mais nacional de todas as iniciativas dos metalúrgicos nos anos recentes.


 



Em alguns lugares, como em São José dos Pinhais e em Curitiba (PR) as paralisações se deram em plena campanha salarial dos metalúrgicos que trabalham nas montadoras Volkswagen, Renault, Nissan e Volvo. Além da pauta nacional, o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba apresentou as reivindicações salariais dos trabalhadores e as assembléias recusaram as propostas patronais já realizadas (aumento de 7,44% e abono de R$ 1.500). Em São Paulo, Guarulhos e Osasco, os metalúrgicos de 45 fábricas também se pronunciaram sobre os temas locais da campanha salarial. Houve grande adesão no ABC (SP), em Ipatinga (MG) e em Camaçari (BA); os metalúrgicos de Catalão (GO) farão na quinta-feira, dia 20, sua paralisação. Estas informações corroboram o caráter nacional da jornada.


 



Um destaque é o ensurdecedor silêncio dos grandes meios de comunicação; o jornal O Estado de São Paulo, diga-se elogiosamente, noticiou com ênfase o importante acontecimento.


 



Ia me esquecendo de dizer: vocês não têm recebido nenhuma carta minha primeiro porque o pessoal dos Correios está em greve há uma semana enfrentando a intransigência da empresa e segundo porque eu não a escrevi e nem postei.

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