O vírus me pegou
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Publicado 16/09/2021 12:00 | Editado 16/09/2021 12:01

Parecia uma rinite severa decorrente do refluxo gastresofágico. Mais o desgaste físico acumulado pelo excesso de trabalho. Nada mais,
Mas não era.
A sonolência, a rinite e uma intermitente diarreia na verdade compunham o anúncio de que o coronavírus havia me alcançado.
A testagem na segunda-feira confirmou.
O diabo é que aqui entre nós, nos círculos mais próximos que frequento, inclusive na direção do Partido, encho o saco de todo mundo insistindo que todos devem redobrar os cuidados para não contraírem a doença.
É que, na a melhor intenção de dinamizar os trabalhos relativos ao 15º Congresso do PCdoB, alguns dirigentes têm se deslocado até o interior para reuniões presenciais, submetendo-se ao risco de infecção.
O Congresso flui pelo mecanismo da vídeo conferência. Mas tem gente apressada em retomar atividades presenciais a todo custo!
Porém o vírus é traiçoeiro e vingativo. Talvez tenha me escolhido exatamente por isso.
Aproveitou um descuido casual e mandou brasa.
Menos mal que, pelo menos até agora, no sétimo dia de enfermidade, a doença tem se apresentado na forma clínica leve.
O que mais me incomoda é a astenia prolongada, que me deixa apegado à cama e sem vontade de fazer coisa alguma.
Em toda a minha vida, nunca dei intimidade à preguiça.
É uma chatice.
Minha rotina diária, que inclui logo cedo o acesso às notícias e a anotação das minhas primeiras impressões sobre o andamento da situação política e outras questões relevantes, segue temporariamente interditada.
Em 15 anos completados em junho último, jamais tinha passado um dia sequer sem algum registro no meu blog — agora em compasso de espera, tanto quanto meus perfis Instagram, o Twitter e o Facebook. Também aguarda o canal no YouTube.
Aqui no Vermelho é que eu não poderia faltar com minha coluna, nem sempre interessante (reconheço), que há exatos 19 anos, mantenho às quintas feiras. Desde a primeira semana em que o portal estreou na internet, sem uma falta sequer.
O fato é que, a se confirmar plenamente o quadro clínico atual, mais alguns dias pela frente retornarei à vida cotidiana dentro da “normalidade” que a pandemia nos permite.
Enquanto isso, sigo sob os cuidados de Luci, convertida momentaneamente em enfermeira, que felizmente não está infectada e se multiplica em afeto e solidariedade.
Até a próxima quinta, gente.