PSDB procura enquadrar Eduardo Campos

Mas, como tudo está “interligado, interconectado e interdependente” ou, como diz o povo na sua sabedoria milenar, “nada como um dia atrás do outro”, não foi preciso nenhum esforço para que o “segredo” viesse à tona. Os próprios tucanos, no desespero para não perderem a 2ª posição da corrida presidencial já se encarregaram de fazer.

Nada menos que o presidente do PSDB mineiro e braço direito do senador Aécio Neves, deputado federal Marcus Pestana cobrou o cumprimento do acordo feito pelo PSB acerca do pacto de não agressão entre os partidos; “Palavra dada é coisa sagrada para nós e acordo é para ser cumprido”, disse; declaração remete ao pacto firmado entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio para que nenhuma das legendas lance candidato aos governos estaduais nas bases do adversário; a relação começou a azedar quando o PSB começou a cogitar lançar Júlio Delgado em Minas Gerais (portal 247).

Mas o PSB naturalmente precisa de palanque estadual para seu candidato. E o que os tucanos oferecem, além de espaço na base de sustentação num hipotético governo deles? Nada, absolutamente nada. Querem o silêncio obsequioso, na presunção de que esse é o papel reservado a um aliado que abandonou o governo Dilma exatamente por achar que o espaço que dispunha já não era suficiente para a força que imagina possuir.

São os dilemas iniciais dessa aliança negada, mas cada vez mais explicita, e os primeiros movimentos de uma campanha que ainda ensaia os primeiros passos de um enredo que, ao que tudo indica, serão plenos de tentativas de enquadramento do aliado e de luta por espaços políticos.