(Re)existimos em cultura

Mais uma vez nos deparamos com a insensibilidade e falta de empatia para com as trabalhadoras e trabalhadores da cultura, uma das categorias mais afetadas na pandemia

Foto: Visão/Reprodução

Não é de agora que Jair Bolsonaro vem atacando a cultura no país, tentando desarticular seus agentes e destruir as políticas públicas e as instituições culturais do Brasil.

A extinção do Ministério da Cultura já nos alertava sobre o que viria adiante. Os escolhidos para gerenciar a cultura no Brasil ora faziam saudosas referências aos anos de chumbo no Brasil, ora brincavam de arminha com os filhos boçais e sem escrúpulos de um presidente fascista e genocida.

As notícias não eram boas para o Brasil: Covid leva a óbito mais um (a) brasileiro (a). Ao todo foram 665 mil mortos (as). Dentre eles (as), o grande poeta e letrista Aldir Blanc e o maravilhoso ator Paulo Gustavo que deram nomes às leis emergenciais para o segmento cultural.

Mais uma vez nos deparamos com a insensibilidade e falta de empatia para com as trabalhadoras e trabalhadores da cultura, uma das categorias mais afetadas na pandemia. Não bastasse toda a luta, resistência e articulação da categoria, a poucos dias atrás, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu vetar integralmente a nova Lei Aldir Blanc, que previa o repasse anual de R$ 3 bilhões para o setor cultural até 2027.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (5), onde o presidente alega que o projeto contraria o interesse público e é inconstitucional.

A Lei, que estabelecia o repasse de recursos a estados e municípios para fomentar o setor cultural, havia sido aprovada pelo Senado Federal em 23 de março, com placar de 74 votos a 0 e uma abstenção.

Gestores estaduais e municipais de cultura vem criando uma agenda nacional pela derrubada do veto das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2.

O que vai se construindo no Brasil é uma articulação maior. Uma articulação para derrubar não apenas um veto, mas derrubar aquele que veta tudo o que vem de nós artistas, trabalhadoras, trabalhadores, negras, negros, comunidade LGBTQIA+, ou seja todos (as) nós: Os (as) odiados (as) pelos fascistas, mas guardiões (ãs) da democracia. Somos mais do que resistência, somos a (re) existência e venceremos.

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