Um partido sempre pronto para a luta 

Não terá sido fácil a trajetória do PCdoB, que completa, neste dia 25, noventa e quatro anos de existência ininterrupta.

No Brasil, a tradição é de partidos efêmeros, conjunturais. Uns surgem e desaparecem ao cabo de alguns anos. Outros reaparecem adiante com a mesma legenda, mas sem uma linha de continuidade com o passado.

O PCdoB tem sido capaz de sobreviver – embora cerca de dois terços de sua existência tenha se dado sob o constrangimento da proibição legal, da perseguição e do preconceito -, buscando permanentemente a compreensão da realidade brasileira e mundial à luz da teoria científica – o marxismo-leninismo -; determinado a lutar sob quaisquer circunstâncias, ligando-se aos trabalhadores e ao povo. Nacionalmente uno.

Amadureceu. Hoje – pode-se dizer -, segue sua trilha revolucionária teórica, política e culturalmente emancipado, vez que desenvolve pensamento próprio na abordagem da luta pelo socialismo nas condições reais do mundo e do Brasil.

Seu Programa Socialista, bússola teórica e política que ilumina as opções táticas conjunturais e a peleja cotidiana, guarda traços essenciais de originalidade e consonância com as peculiaridades da sociedade brasileira.

Assim, um Programa cientificamente lastreado e politicamente factível.

Aponta como rumo reformas estruturais de largo alcance que, uma vez alcançadas, mediante embates de grande de envergadura, resultarão em expressiva elevação das condições de vida material e espiritual do povo; que, vitorioso, adquirirá autoconfiança e descortino para vislumbrar o salto civilizatório de conteúdo socialista.

Neste instante de crise, conflito e instabilidade, o PCdoB não titubeia. Apresenta-se aguerrido, coerente e firme na defesa da democracia, contra o golpe, pela retomada do desenvolvimento.

A um só tempo, afirma posições avançadas e, com flexibilidade e amplitude, despido de preconceitos e sectarismos, estabelece alianças com variados segmentos sociais e partidários em função da luta comum.

O Partido Comunista do Brasil faz-se assim – como dizia João Amazonas – depositário da honra e da consciência da nação.

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