Venezuela & Mercosul
As nações européias, mesmo com um elevado passivo de beligerância entre si, não permitiram que tais divergências inviabilizassem a construção da “Comunidade Européia”.
Publicado 10/07/2007 20:04
Os EUA organizaram o Nafta e tentam impor a Alca, que eles apelidaram de “Área de livre comercio das Américas”.
Buscam ampliar mercado, negociar em situação vantajosa, ampliar “musculatura”.
Essa é a razão pela qual é estratégica a construção do Mercosul para os países da América do Sul. Lamentavelmente, por servilismo, os mandatários de nossa região, até 2002, ficaram à mercê da Alca e negligenciaram a construção desse bloco geopolítico, hoje restrito ao Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O ingresso dos demais países deve ser tratado com a prioridade e a visão estratégica que o assunto requer, o que não vem ocorrendo pelo reacionarismo de certos setores do senado brasileiro.
A Venezuela requereu seu ingresso como membro pleno há quase um ano. Argentina, Uruguai e Paraguai já aprovaram ou agendaram a deliberação. Só falta o senado brasileiro.
E ameaçam não deliberar como a forma mais simples de se livrarem da Venezuela.
Para estes personagens, sempre tão dóceis e servis com os americanos, pouco importa se isso prejudica o país. O que lhes interessa é destilar ódio contra o povo venezuelano e criar embaraços para o governo Lula.
Nós, aqui no Amazonas, estamos em franca negociações com diversos ministros e o embaixador da Venezuela, Júlio José Garcia Montoya, no sentido de fornecer alimentos e comprar insumos agrícolas daquele país. A nós interessa um Mercosul forte.
A Venezuela vive um momento particular de sua história, especialmente pela busca da construção de uma sociedade de novo tipo, definida pelo presidente Hugo Chaves como “socialismo do século 21”.
Assim, baseado no princípio da autodeterminação, aproveito a oportunidade para saudar o povo venezuelano pelo 196º aniversário da proclamação da independência de seu país, ocorrido em 5 de julho presente.