Há quem não bote fé em sua existência. Há quem, embora a saiba existente, a negue – faz que não vê, tenta não pensar no assunto, não lhe dá trela para que não se faça de importante. Há quem busque combatê-la com apelos à nossa condição humana; a sentimentos caridosos e cristãos.
Nos anos 80, enquanto trabalhadores de diferentes tendências políticas laboravam por construir uma central unitária, o PT reuniu sua tropa e fundou uma central só para eles e a chamou de central única. Uma confederação de tendências, agrupadas em partido político, racha assim, em nome de seus interesses particulares (travestidos em interesses de classe), o movimento sindical, que de muita unidade precisava para enfrentar a Ditadura em seus estertores e o que viria adiante.
O galpão dos pescadores estava repleto. Nunca antes na história da Vila tantos moradores participaram assim de uma reunião comunitária. Até os mais céticos dessas coisas de auto-organização popular para determinado fim de melhoria ou mudança lá estavam para tratar do assunto momentoso: a cabana, pousada, primeiro na areia, depois no rochedo, agora…
É isso, caros amantes do esporte: o resultado da última peleja entre o Clube Desportivo Tiradentes e o Silvério dos Reis Football Club é: Temer, apesar dos sobejos indícios, das gravações, das fotos, da carne fraca, ficou.
– Ti’ Bugue! Ó pr’aquilo!
– Eita! Outra?!
O menino apontava para o promontório. Em seu extremo, desafiando o mar, uma cabana.
– Ti’ Bugue! Ô, Ti’Bugue!
Sexta que passou, postei em meu perfil no 'facebook' uma crítica ao hegemonismo e seus efeitos deletérios nas relações entre forças políticas que atuam em aliança ou em frente. A postagem refere-se a ato realizado em São Paulo, cuja chamada era "Dia de Mobilização em Defesa da Democracia, do Lula, contra as Reformas".
A cabana dominava o mar de dunas. Amanheceu como que pousada no deserto de areia que se estendia para além dos limites da vila. Quem primeiro a viu foi um menino, ajudante de Tio Bugue, sujeito que alugava, nas temporadas de turistas, veículos para passeios radicais.
Sexta retrasada, mencionando uma aula sobre tática e estratégica que ministrara, esse pobre teclador fez figurar neste Portal Vermelho um artigo de alerta contra o purismo, expressão do esquerdismo, virose pueril que não raro acomete novos e velhos combatentes das mais nobres causas. Judiei de leitores e leitoras tentando demonstrar, ao refletir sobre o conceito de 'campo político', como essa enfermidade compromete, tanto os interesses futuros, como a tática imediata dos trabalhadores em sua luta contra o capital, bem como sua independência em face de outras forças políticas em contenda.
Marina começou cedo a dança de sua vida. Reparou, ainda moça, que não valia a pena o contato com o que pouco importa, ou com os alguéns que não contam. Marina decidiu, nos primórdios de si, navegar sendo senhora de sua nau.
Feriado passado, ministrei aula sobre o conceito marxista de tática e estratégia políticas. Conforme a exposição fluía e as perguntas e colocações da turma vinham, dei-me conta de que a confusão que comumente se faz entre teoria, ideologia e política presidia boa parte dos posicionamentos.