Muitos especialistas em estratégia militar opinam que os russos não foram derrotados em 1812 e em 1941 porque não queriam ser derrotados.
Nesta quadra conturbada que vivemos três preocupações grandes devem ser as do dirigente sindical consciente.
A geleira endurecida pingou três gotas de água. É muito pouco, mas, com otimismo, pode prefigurar o degelo.
Depois de meses de embates jurídicos em três níveis da Justiça do Trabalho em Brasília e com algumas peripécias de um filme de Roberto Farias, a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) conseguiu que um juiz determinasse a anulação do registro sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários (CNTU), o que a secretaria de Relações de Trabalho do ministério do Trabalho e Emprego executou com presteza.
O livro organizado pela professora Marta Arretche, da USP, “Trajetórias das Desigualdades – como o Brasil Mudou nos últimos 50 anos” merece ser lido e estudado.
Estamos testemunhando no Brasil, em 2015, a inversão simultânea e acelerada das curvas que vinham marcando positivamente o emprego e os ganhos de salários.
Estamos em uma conjuntura de resistência em que as más notícias vão se acumulando e as boas passam a ser raras.
Os médicos, em última instância, cuidam da saúde, advogados cuidam de direitos e os engenheiros cuidam da produção.
Das muitas interrogações sobre a economia brasileira na atual conjuntura, uma das que mais me intriga é a renitência da inflação.
Não sei o que deu na cabeça de Gaudêncio Torquato, tão ajuizado em seus textos, para escrever o que publicou na Folha de São Paulo, na última terça-feira, sobre a orfandade dos trabalhadores.
Para entender a atual conjuntura brasileira tenho usado a comparação com a escrita de uma partitura de concerto. Nas pautas estão registradas separadamente as notas musicais determinadas para grupos de instrumentos ou executantes que se ouvem em conjunto.