De todas as manifestações de solidariedade provenientes do exterior ao presidente Lula e ao povo brasileiro, uma merece destaque especial, pelo contexto geopolítico e ideológico. A entrevista – a primeira que concedeu desde o seu isolamento no cárcere curitibano – ao jornal Granma, órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba.
Em meio a um nebuloso cenário político, há episódios que prenunciam ou mesmo provocam significativas mudanças.
Não mais que de repente, parece que descobriram a pólvora, e em todos os espaços do espectro político a unidade passa a ser a ‘bandeira da esperança’.
Como todo regime golpista, este que se encontra em vigência no país desde a deposição da presidenta Dilma Rousseff, veio para ficar. A luta sem tréguas e ininterrupta contra ele sintetiza as aspirações das forças democráticas e progressistas.
Transcorreu no dia 27 de maio o 16º aniversário do falecimento do camarada João Amazonas. Quanta falta nos faz. Ele foi o líder político e o ideólogo do PCdoB por quase meio século, seu refundador, na ocasião em que ocorreu a divisão provocada pelo revisionismo e o oportunismo de direita entre 1958 e 1962.
O documento emitido pelo Grupo de Lima logo após as eleições democráticas realizadas na Venezuela – que deram uma vitória retumbante ao presidente Nicolás Maduro – em que os países signatários, entre eles o Brasil, declaram não reconhecer os resultados eleitorais e propõem uma série de medidas de ingerência, significam a intensificação da ameaça intervencionista sobre o país bolivariano.
No próximo domingo (27) por proposta do presidente Lula, sua candidatura será lançada em todo o país.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi reeleito neste domingo (20) para mais um mandato de seis anos à frente da Revolução Bolivariana. Foi uma vitória retumbante, insofismável. Maduro alcançou 68% dos votos, 5.823.728 sufrágios, contra 1.820.552 do segundo colocado.
O Brasil está sob o domínio ditatorial, apesar da aparência de normalidade jurídica e constitucional. Malgrado as contradições, cada um com seu papel, são responsáveis por essa ditadura o governo do presidente ilegítimo, o presidente da Câmara, setores do Poder Judiciario, do Ministério Público, a Polícia Federal e a Mídia, sob hegemonia da Globo.
A agressão perpetrada no último sábado (14) pelos Estados Unidos, Reino Unido e França contra a República Árabe Síria é ato de banditismo internacional, merecedor da veemente condenação por todos aqueles que têm na busca da paz mundial um ideal inegociável.
O aprofundamento do golpe, com a prisão do presidente Lula e as reiteradas ameaças de novas perseguições e criminalização dos movimentos populares e partidos de esquerda fazem soar o dobre de finados da democracia e da Constituição republicana de 1988, vilipendiada e violada pelo governo, as casas legislativas, os estamentos policiais e persecutórios e a Corte Suprema, o que não deixa de ser um paradoxo, tão brasileiro, porquanto esta última é designada como o principal guardião da Carta Magna.
A prisão de Lula é uma arbitrariedade típica de um país sob regime de exceção, onde o Estado democrático de direito já não tem existência sequer formal, pois a Constituição é violada pelas próprias instituições encarregadas de zelar pela estrita aplicação dos seus dispositivos.