Ao contrário do samba, que proclama "agora é cinza, tudo acabado e nada mais", passado o carnaval o ano começa, finalmente — e o jogo político mirando o pleito de outubro é pra valer.
Já em pleno carnaval, pois há dias em muitas cidades do país saem blocos de rua, as articulações políticas ganham um quê de fantasia, ainda que presas à realidade…
Livre pensar é só pensar, convidava Millor Fernandes na sua página Pif-Paf, originariamente publicada na revista O Cruzeiro, destilando sua verve anarquista e bem humorada.
A luta segue. Sem tréguas. De ambos os lados: na grande mídia, hoje, o registro (acanhado) das manifestações de rua em solidariedade ao ex-presidente e a comemoração (explícita) de sua condenação e o apelo para que venha a ser preso e impedido de concorrer no próximo pleito.
Em política, não há como imaginar soluções mágicas para além da vida como ela é. Especialmente quando se trata da diferenciação e da reaglutinação de forças em ambiente complexo e conturbado.
No cenário de dispersão que ainda predomina, tanto no campo governista como na oposição, vão se formando em torno de pretendentes à candidatura presidencial núcleos de apoio formado por técnicos e economistas.
Referir-se nesses termos ao pleito de 2018 em Pernambuco parece dispensável, mas faz sentido. Pois se é óbvio que se trata de uma disputa política, vale sublinhar que a competência e a habilidade — as refinadas ciência e arte da política, digamos assim — terão franca primazia.
Isso mesmo, minha gente. Sem receio da crítica dos "politicamente corretos", eis que me empenho agora na defesa do smartphone, essa genial geringonça, subproduto do extraordinário avanço tecnológico dos dias que correm.
Costumo dizer que tenho um milhão de amigos —e isso me faz um bem enorme!
Inimigos pessoais não os tenho. Pelo menos que eu saiba.
O sonho é livre, fundado na realidade ou não. Ou no tempo. Como nesses últimos dias do ano que finda, quando manda a tradição fazer planos para o futuro, ainda que no horizonte limitado do ano vindouro.
Eu devia ter uns seis anos de idade e exultava quando meu pai me mandava comprar o pão na padaria do seu Antenor, na esquina. Uma aventura, pois imaginava uma distância enorme — embora anos após, em visita à Lagoa Seca, nosso bairro em Natal, me dei conta de que separava nossa casa e a padaria apenas um quarteirão.
É sempre assim, mesmo em viagens curtas: leio e escrevo sempre. Pelo prazer em desvendar o sentido das coisas e, confesso, para evitar a conversa nem sempre agradável de quem viaja no assento ao lado.