Isso mesmo, minha gente. Sem receio da crítica dos "politicamente corretos", eis que me empenho agora na defesa do smartphone, essa genial geringonça, subproduto do extraordinário avanço tecnológico dos dias que correm.
Costumo dizer que tenho um milhão de amigos —e isso me faz um bem enorme!
Inimigos pessoais não os tenho. Pelo menos que eu saiba.
O sonho é livre, fundado na realidade ou não. Ou no tempo. Como nesses últimos dias do ano que finda, quando manda a tradição fazer planos para o futuro, ainda que no horizonte limitado do ano vindouro.
Eu devia ter uns seis anos de idade e exultava quando meu pai me mandava comprar o pão na padaria do seu Antenor, na esquina. Uma aventura, pois imaginava uma distância enorme — embora anos após, em visita à Lagoa Seca, nosso bairro em Natal, me dei conta de que separava nossa casa e a padaria apenas um quarteirão.
É sempre assim, mesmo em viagens curtas: leio e escrevo sempre. Pelo prazer em desvendar o sentido das coisas e, confesso, para evitar a conversa nem sempre agradável de quem viaja no assento ao lado.
Uma velha amiga me confidencia que, quando muito jovem, sonhava em poder dormir até mais tarde sem precisar levar as crianças à escola, no início da manhã.
Ariano Suassuna dizia que quando ouvia alguém negar a distinção entre direita e esquerda, logo reconhecia no declarante um ex-militante de esquerda.
Em geral — em situação de crise, sobretudo — não há solução fácil na luta política. Nem a salvo de riscos.
Vem de Engels a consideração de que o embate de ideias configura um terreno específico da luta de classes, articulado e em paralelo às demais frentes de luta, social e política que se desenrolam cotidianamente.
Programático tanto no sentido de que é preciso ir mais a fundo na devida consideração do drama que o país atravessa, como na formulação de alternativas.
Tempo bicudo o que vivemos. Para onde você olha, mais dificuldades aparecem. Nisso há uma absurda convergência nacional.
Tempo tenebroso o que vivemos. Forças poderosas sustentam o governo frágil e desmoralizado, em favor de um programa de desmonte do Estado nacional e regressivo de conquistas e direitos.